HELICÓPTERO COM FILHO DE ALCKMIN TINHA PARTES DESCONECTADAS

A Força Aérea Brasileira informou nesta terça-feira (2) que dois componentes fundamentais estavam desconectados, antes da decolagem do helicóptero em que viajavam cinco pessoas, entre elas o filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Na queda daquele helicóptero, em abril, todos morreram.

Mas pilotos ouvidos pelo Jornal Nacional dizem que com aqueles componentes desconectados o helicóptero nem teria saído do chão.
Depois de dois meses de investigação, a Aeronáutica divulgou o resultado do exame dos destroços.
O helicóptero modelo EC-155 caiu sobre um condomínio de casas em Carapicuíba, na Grande São Paulo, no dia 2 de abril.

Segundo a nota, muitas partes importantes do helicóptero como o próprio motor, o rotor de cauda e as pás foram destruídas com a queda dele. Não causaram o acidente. Mas a nota também diz que comandos considerados importantes para o controle da aeronave, como os chamados controles flexíveis e as alavancas, estavam desconectados antes da decolagem. E isso causa estranheza.
É o que diz este conselheiro da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero.

“Imagina um carro saindo com a barra de direção solta. O que a nota diz é mais ou menos isso, que o helicóptero acionou já com essa cadeia de comandos desconectada e estranhamente ele saiu pro voo, ele voou por alguns minutos, ele chamou a torre de controle do Helicentro pra pouso e só depois que veio a cair. Então, não faz sentido que essa cadeia de comandos estivesse solta já antes da decolagem.”, afirma Rodrigo Duarte, Assoc. Brasileira de Pilotos de Helicópteros.

Jornal Nacional: Ele não sairia do chão?
Rodrigo Duarte: Ele não sairia do chão. Teria se quebrado.

Na semana passada, uma reportagem do Fantástico mostrou um vídeo do helicóptero decolando da empresa Helipark, onde tinha passado por uma inspeção. Na imagem, o helicóptero se desloca por alguns metros. E depois, ao sair do chão, vira bruscamente para o lado esquerdo.

A nota da Aeronáutica divulgada nesta terça-feira (2) também afirma que "ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente". "E que os acidentes aeronáuticos não ocorrem por uma causa isolada, mas por uma série de fatores contribuintes encadeados."

A Aeronáutica não quis se manifestar sobre as dúvidas levantadas pelos especialistas. O Centro de Manutenção Helipark declarou que ainda não foi procurado pelas autoridades policiais que investigam o acidente. E que estranha que o helicóptero tenha decolado com os componentes desconectados.

fonte/foto/G1

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