CONTRA APAGÃO, AVIÕES NO CHÃO
O Brasil está prestes a enfrentar um novo caos nos aeroportos e a única solução encontrada pelo governo foi restringir o número de voos Os dez milhões de brasileiros que vão viajar de avião nas próximas quatro semanas, até 15 de janeiro, devem se preparar para exercitar aquela que é reverenciada como a mais nobre das virtudes: a paciência. Ao que tudo indica, serão revividas cenas de caos nos aeroportos, filas intermináveis e embarques cancelados. A demanda por voos cresceu 38% em novembro na comparação anual e deve continuar aumentando em dezembro, mas o governo não fez a sua parte. De um lado, as obras para a expansão dos aeroportos estão atrasadas - dos R$ 2,5 bilhões previstos no PAC, só 20% foram executados. De outro, a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, incapaz de enfrentar o problema, adotou uma solução curiosa: restringiu o número de voos. Estipulou um teto de pousos e decolagens nos dois maiores aeroportos de São Paulo e também do País - são 30 por hora em Congonha