AEROPORTO LEITE LOPES EM RIBEIRÃO PRETO NA JUSTIÇA
O processo em que a família Gelfuso pede a indenização à União e à prefeitura pelo uso das terras do aeroporto Leite Lopes chegou na Justiça Federal de Ribeirão Preto após 48 anos de tramitação. A ação deve ser julgada nos próximos meses pelo juiz Augusto Martinez Perez da 4ª Vara Federal.
Em julho de 1961, Paschoal Gelfuso cansou de esperar para receber o pagamento pelos sete alqueires de terras que o governo federal usou para construir a pista do aeroporto Leite Lopes e entrou na Justiça exigindo o pagamento ou a devolução das terras.
A confusão começou na década de 40 durante a primeira ampliação do aeroporto. Gelfuso foi consultado por escrito por um oficial da aeronáutica que queria saber se ele autorizava a construção da pista nas terras dele.
Ele recebeu uma carta do brigadeiro do Ar Antônio Appel Neto no dia 20 de outubro de 1944 que dizia: "Este Comando solicitou à Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto providências no sentido de desembaraçar os terrenos necessários a ampliação do aeroporto dessa localidade. A Prefeitura informou que em virtude da necessidade de solicitar verba, tornava-se difícil a solução imediata. Tendo em vista a urgência da ampliação, este Comando toma a liberdade de solicitar a V. S. autorização para realizar serviços em terrenos de sua propriedade".
No início, Paschoal se recusou a liberar as terras. Italiano dos bons ele achou que bastava não responder ao pedido para seu patrimônio ficar resguardado. "Ele era um italiano ranzinza e nem respondeu e disse que ninguém iria entrar lá", afirmou Gilberto Romanelli, genro de Paschoal.
Triste engano. A prefeitura entrou nas terras, derrubou a casa da família e o gado que pastava no local teve que ser transferido para outras pastagens.
"Sem resposta do meu sogro, a aeronáutica mandou a prefeitura fazer o serviço e ele nunca ganhou nada pelas terras", disse Gilberto.
A prefeitura até prometeu uma indenização e combinou um preço pelas terras, mas nada foi cumprido.
"Eles pagaram metade do combinado e ele ficou muito nervoso", afirmou Sidnei Gelfuso. Com a metade do prometido nas mãos, Paschoal devolveu o dinheiro ao governo e entrou na Justiça: ou recebia o combinado ou queria as terras de volta.
A reportagem completa você lê no A Cidade deste domingo.
"Ele pagou muitos advogados, mas morreu esperando o resultado do processo", disse Sidnei.
fonte/Jornal A Cidade
Em julho de 1961, Paschoal Gelfuso cansou de esperar para receber o pagamento pelos sete alqueires de terras que o governo federal usou para construir a pista do aeroporto Leite Lopes e entrou na Justiça exigindo o pagamento ou a devolução das terras.
A confusão começou na década de 40 durante a primeira ampliação do aeroporto. Gelfuso foi consultado por escrito por um oficial da aeronáutica que queria saber se ele autorizava a construção da pista nas terras dele.
Ele recebeu uma carta do brigadeiro do Ar Antônio Appel Neto no dia 20 de outubro de 1944 que dizia: "Este Comando solicitou à Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto providências no sentido de desembaraçar os terrenos necessários a ampliação do aeroporto dessa localidade. A Prefeitura informou que em virtude da necessidade de solicitar verba, tornava-se difícil a solução imediata. Tendo em vista a urgência da ampliação, este Comando toma a liberdade de solicitar a V. S. autorização para realizar serviços em terrenos de sua propriedade".
No início, Paschoal se recusou a liberar as terras. Italiano dos bons ele achou que bastava não responder ao pedido para seu patrimônio ficar resguardado. "Ele era um italiano ranzinza e nem respondeu e disse que ninguém iria entrar lá", afirmou Gilberto Romanelli, genro de Paschoal.
Triste engano. A prefeitura entrou nas terras, derrubou a casa da família e o gado que pastava no local teve que ser transferido para outras pastagens.
"Sem resposta do meu sogro, a aeronáutica mandou a prefeitura fazer o serviço e ele nunca ganhou nada pelas terras", disse Gilberto.
A prefeitura até prometeu uma indenização e combinou um preço pelas terras, mas nada foi cumprido.
"Eles pagaram metade do combinado e ele ficou muito nervoso", afirmou Sidnei Gelfuso. Com a metade do prometido nas mãos, Paschoal devolveu o dinheiro ao governo e entrou na Justiça: ou recebia o combinado ou queria as terras de volta.
A reportagem completa você lê no A Cidade deste domingo.
"Ele pagou muitos advogados, mas morreu esperando o resultado do processo", disse Sidnei.
fonte/Jornal A Cidade
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