MP DA AVIAÇÃO REGIONAL LIBERA AEROPORTOS PRIVADOS PARA VOOS COMERCIAIS
A
medida provisória 652/14, que trata de subsídios para a aviação
regional e foi aprovada nesta terça-feira pela Comissão que analisa a
proposta, trouxe entre seus artigos alterações que liberam a construção
de aeroportos privados para voos comerciais.
Os artigos 11 e 12 da MP são
provenientes de emendas apresentadas pelos deputados Manoel Júnior
(PMDB-PB) e João Magalhães (PMDB-MG) e alteram a Lei nº 7.565/86, que
dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica.
A mudança tem endereço certo: a liberação
do Novo Aeroporto de São Paulo (Nasp), um projeto bilionário no
município de Caieiras, tocado pela Andrade Gutierrez e pela Camargo
Corrêa. O empreendimento tem forte oposição dos grupos que pagaram
valores "salgados" para arrematar as concessões de aeroportos como
Guarulhos e Viracopos.
A mudança entrou no texto articulada pelo
líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, em reunião no Palácio
do Planalto com a cúpula do PMDB e Michel Temer, vice que está como
presidente em exercício. Dada a urgência da aprovação da MP, que perde
seus efeitos em 24 de novembro, o relator Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
aceitou agregar as mudanças.
Segundo o líder do governo no Senado,
Eduardo Braga (PMDB-AM), houve acordo com o governo para que a alteração
fosse anexada ao texto da MP, mas não há compromisso da Presidência com
a sanção da medida, mesmo que ela passe pelo Legislativo.
A presidente Dilma Rousseff já tem cabeça
feita. Ela é favorável à liberação dos aeroportos privados para voos
comerciais. Mesmo assim, vetou emenda de Cunha na mesma linha, que foi
incorporada à uma MP 627, aprovada no primeiro semestre.
O governo ainda estudava formas de
equilibrar a concorrência entre os novos aeroportos privados e terminais
concedidos nos leilões dos últimos anos. Segundo uma fonte, o governo
entende que esse texto não traz um equilíbrio na concorrência entre
terminais por não garantir isonomia de competição entre os aeroportos.
fonte/ValorEconomico
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