FORÇA AÉREA COMEMORA 70 ANOS DE SUA PRIMEIRA MISSÃO
A Força
Aérea Brasileira divulgou comunicado em homenagem ao dia do material
bélico da aeronáutica. Criada há dois anos, a data comemora a primeira
missão do 1° Grupo de Aviação de Caça como Unidade Aérea Independente,
em 11 de novembro de 1944.
"Naquele dia, entre os bravos heróis
daquela Unidade, destacava-se um Oficial que permaneceria todo o tempo
em terra, mas não menos combatente: o 2° Tenente Especialista em
Armamento Jorge da Silva Prado, Chefe das Seções de Armamento e Material
Bélico", descreve o segundo parágrafo da nota.
Confirma o comunicado assinado pelo Ten. Brig. Ar. Hélio Paes de Barros Júnior na íntegra:
"No dia 11 de novembro de 1944, nos céus
do Velho Continente, o 1° Grupo de Aviação de Caça realizou sua primeira
missão como Unidade Aérea Independente, constituindo a primeira
Esquadrilha de P-47 composta exclusivamente por pilotos brasileiros.
Naquele dia, entre os bravos heróis
daquela Unidade, destacava-se um Oficial que permaneceria todo o tempo
em terra, mas não menos combatente: o 2° Tenente Especialista em
Armamento Jorge da Silva Prado, Chefe das Seções de Armamento e Material
Bélico.
O Tenente Prado era jovem, tinha na época
20 anos, e foi o responsável por gerir todo o armamento empregado pelo
1° Grupo de Aviação de Caça, na campanha da Força Expedicionária
Brasileira durante a Segunda Guerra.
Mas Prado não estava sozinho. Sob o seu
comando, estavam os ex-monitores da Escola de Especialistas, João
Ribeiro Casas Costa, João Pereira Leite e Francisco de Assis Barreto, os
quais, aliando experiência e conhecimentos técnicos, foram muito além
apenas do remuniciamento e da manutenção dos equipamentos.
Com inteligência e uma gestão primorosa,
eles mudaram procedimentos, adaptaram o projeto das aeronaves e
desenvolveram soluções criativas para os sistemas bélicos do P-47.
Fruto deste trabalho de equipe, em terra e
no ar, a FAB destacou-se nos céus da Itália, e cumpriu, mercê da
tenacidade e do profissionalismo de seus homens, a sua missão.
Passados 70 anos daquele glorioso dia
para a Força Aérea Brasileira, é importante trazermos à memória as
histórias dos que nos antecederam, para que sirvam de inspiração no
enfrentamento aos desafios que se descortinam.
Dignificar a memória e a experiência
daqueles heróis é nosso dever de honra. Manter a visada em direção ao
futuro é nossa obrigação de ofício.
Assim, desde 16 de março de 1945, quando
foi criado o Depósito de Material Bélico da Aeronáutica e então nasceu o
que hoje conhecemos como o Sistema de Material Bélico da Aeronáutica
(Sismab), muitas experiências foram acumuladas e muitas transformações
foram incorporadas, acompanhando as ações modernizantes da Força Aérea.
No transcorrer deste caminho, chegamos a
um sistema que, apesar de maduro, tem imensos desafios à sua frente,
face às suas responsabilidades e intrínseca importância para o País.
No cenário atual, o avançado estágio tecnológico dos materiais bélicos exige de nós uma incessante busca pelo conhecimento.
A Força Aérea precisa de profissionais
cada vez mais bem qualificados, preparados para manejar bombas guiadas a
laser - como o Kit Lizard II, mísseis de quinta geração - como o
A-Darter, sensores de última geração - como os sistemas Litening e
Recclite de designação laser, sistemas para interferência radar como o
SKY SHIELD, além do uso de sistemas de visão noturna e tantas outras
tecnologias de defesa.
Para isso, o Sistema de Material Bélico
da Aeronáutica, dirigido por seu órgão central, a Dirmab, e
operacionalizado pelo Parque de Material Bélico da Aeronáutica do Rio de
Janeiro, é composto por 32 remotos e 277 operadores, tendo como
responsabilidade o planejamento, a supervisão e o controle das
atividades de aquisição, manutenção, distribuição e suprimento de itens
bélicos para toda a Força Aérea Brasileira.
Desta maneira, neste dia especial, faz-se
mister reconhecer o trabalho diuturno dos abnegados homens e mulheres
integrantes do Sismab, que vêm desenvolvendo uma gestão eficiente,
sólida e engajada, como forma de cumprir os objetivos do Comando da
Aeronáutica e, em última instância, colimar as metas estabelecidas na
Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.
Neste sentido, mediante o exemplo dos
Especialistas que atuaram junto ao 1° Grupo de Caça, o trabalho do
efetivo do Sismab não se encerra apenas em adquirir e manter
equipamentos.
Esse esforço avança no constante
treinamento dos seus recursos humanos para absorver novos conhecimentos,
de modo a incorporar as mais avançadas tecnologias em uso no mundo, bem
como no fomento à Base Industrial de Defesa.
Porquanto, uma Indústria de Defesa
genuinamente Nacional é pilar importante na garantia da “liberdade
tecnológica” do País e, essa independência resulta no fortalecimento,
cada vez maior, da capacidade dissuasória nacional, importante elemento
na manutenção da paz.
O Sismab é a essência do apoio à
capacidade de combate do Poder Aéreo Nacional. Traduz-se no sabre de
nosso Brasão, representando sistemas bélicos modernos, gerenciados por
homens e mulheres preparados e motivados.
Por final, dirijo-me diretamente aos
profissionais do Sistema de Material Bélico da Aeronáutica, ensejando os
meus mais sinceros parabéns pela contribuição e empenho nessa
atividade, tão importante para garantir uma Força Aérea operacional e
preparada para o cumprimento de sua missão, qual seja, em essência:
Manter a soberania do espaço aéreo com vistas á defesa da Pátria."
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2014
Ten Brig Ar Hélio Paes de Barros Júnior
Comandante-Geral de Apoio
Comandante-Geral de Apoio
fonte/foto/PortalBrasil
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