MAIS AVIÃO, MAIS ACIDENTE

Em Mato Grosso, o número de acidentes com aviões de pequeno porte ocorridos no primeiro semestre deste ano já superou os registros gerais do ano de 2009, empatou com 2008, e ficou perto de se igualar ao índice de 2010.


Aqui, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre primeiro de janeiro e seis de agosto de 2011 aconteceram nove acidentes. Nos três anos anteriores (nos 12 meses) foram contabilizados nove (2008), oito (2009) e dez (2010).

Os acidentes deste ano envolveram principalmente aeronaves agrícolas, segundo o detalhamento das ocorrências feito pela Anac. Três delas nem chegaram a sair do solo: fugiram do controle dos pilotos ainda durante o taxiamento. Outras três caíram durante o vôo, duas no pouso e as demais em situações diversas.

As estatísticas da Agência de Aviação mostram ainda um crescimento significativo na frota de aviões no Brasil. Não há números que possam levar a uma comparação atual por estado, mas Mato Grosso aparece como o Estado que possuía a segunda maior frota de aeronaves no país em 2009, com 964 unidades.

A frota daqui estaria abaixo apenas de São Paulo, onde há dois anos haviam 3.721 aeronaves registradas na Anac.

A frota de Mato Grosso supera, assim, estados como Minas Gerais, que tem 949 aeronaves; Rio Grande do Sul, com 907, e o Rio de Janeiro, que tinha 849. O estudo da Anac não oferece o número de aviões agrícolas por estados, mas mostra que essa foi a categoria de aeronaves que mais cresceu, 100%, nos últimos 15 anos no país.

De 684 em 1996, saltou para 1.278 em 2010. Em apenas um ano, de 2009 para 2010, foram incluídos mais 234 aviões novos para pulverização de plantações. Em 2010, dado mais atualizado sobre a frota geral de aviões, o Brasil tinha 13.888 aviões. Em 1996 eram 9.768, ou seja, 4.120 a mais sobrevoando o espaço aéreo.

De acordo com o piloto Elton Rodrigues Dias de Camargo, a aviação brasileira é uma das mais seguras do mundo, ocupando o quarto lugar no ranking internacional de segurança. Entretanto, o Brasil registra mais acidentes que os Estados Unidos, país que possui uma frota pelo menos seis vezes maior que a brasileira.

Na avaliação de Santos, que é piloto comercial há seis anos, os brasileiros estão bem servidos nesse setor. Mesmo com o grande aumento no fluxo de aeronaves em atividade, diz, é correto afirmar que o nível de segurança de nosso serviço aéreo é muito bom.

Segundo ele, tem crescido muito nos últimos anos a importação de aeronaves novas ou usadas por parte de brasileiros que desejam ter o seu “primeiro avião”. Boa parte das aeronaves, que chegam num ritmo estimado de quatro por dia, é homologada no Aeroporto Marechal Rondon. 

fonte/DiarioDeCuiabá
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