TRURQUIA SUSPENDE VOOS DE AIRBUS A400M APÓS ACIDENTE MORTAL NA ESPANHA
Quatro funcionários da Airbus morreram e outros dois ficaram feridos na
queda do avião que estava a ser testado e tinha como destino um cliente
na Turquia.
Um funcionário da indústria de defesa da Turquia, contactado pela
agência de notícias France Presse, confirmou que o avião seguiria em
julho para a Turquia, sendo a terceira aeronave deste tipo encomedada
pelo país, que assinou um acordo para comprar 10 aviões A400M, devendo a
entrega ocorrer até 2018.
A Turquia junta-se assim ao Reino Unido e à Alemanha, que também
decidiram suspender as operações das suas aeronaves deste modelo, o
primeiro "por uma questão de precaução" e a segunda "até nova ordem em
contrário", na sequência do acidente.
Já o exército francês vai continuar a usar a sua frota de Airbus A400M,
dizendo "não ter elementos nesta fase" que justifiquem a suspensão.
Um dos feridos, um homem, de 49 anos, foi transportado para um hospital
de Sevilha com traumatismo torácico, enquanto o outro, cuja idade não é
referenciada, apresentava traumatismo craniano, queimaduras na face e
fratura das pernas.
A aeronave caiu nas proximidades do Aeroporto de San Pablo, em Sevilha, pelas 13:00 locais (12:00 em Lisboa), após a descolagem.
No avião seguiam seis pessoas, um piloto, um copiloto, um mecânico e
três engenheiros, cujas identidades ainda são desconhecidos.
A aeronave militar A400M é o maior propulsor do mundo e a sua produção industrial começou em 2011.
O projeto desta aeronave militar nasceu em 2003, após o acordo de sete
países (Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Turquia, Bélgica e
Luxemburgo), que concordaram em comprar 180 unidades.
O programa tinha previsto um investimento inicial de 20 mil milhões de
euros, mas foi aumentado em 11 mil milhões pela quantidade de tecnologia
que requer este modelo.
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