PAI NÃO RECONHECE CORPO DE PILOTO NA VENEZUELA E AGUARDA NOVOS EXAMES
Pai e o padrastro de Klender Hideo viajaram para a Venezuela em busca de notícias do piloto (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
O pai e o padrasto de Klender Hideo, que estaria entre os mortos após o
abate de um avião na Venezuela, ainda não reconheceram o corpo do
piloto. Segundo o tio de Klender, João Marcos Silva, que está em Manaus,
os médicos venezuelanos devem fazer o reconhecimento por meio da arcada
dentária do amazonense. O padrasto de Klender também viajou para o país
vizinho.
Documentos de vítima foram encontrados entre
destroços (Foto: (Foto: Reprodução))
destroços (Foto: (Foto: Reprodução))
Os restos mortais atribuídos ao piloto e ao também amazonense Fernando
Cesar Silva Graça continuam no Hospital Central da cidade de Valência.
"O padrasto dele falou comigo ontem [sexta-feira, 29] e disse que eles
não conseguiram fazer o reconhecimento porque os corpos estão muito
destruídos. Não se sabe o que é corpo de um e o que é de outro. Os
médicos querem fazer o reconhecimento pela arcada dentária. Estamos
correndo atrás de radiografia do Klender", disse João Marcos ao G1.
Segundo o tio do piloto amazonense, ainda não há previsão de retorno do
pai e do padrasto dele a Manaus. "Eles vão ficar o tempo que for
necessário para reconhecer o corpo", afirmou.
Entenda o caso
Um avião que teria saído do Brasil foi abatido na Venezuela no domingo e causado a morte de dois brasileiros. Conforme portais de notícias venezuelanos, foram encontrados mais de 600 pacotes de cocaína no local em que a aeronave caiu.
Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Caracas foi informada do ocorrido pelo Escritório Nacional Antidrogas (ONA), responsável pelo abatimento da aeronave.
Uma publicação do Ministério do Poder Popular para Relações Interiores, Justiça e Paz da Venezuela (MPPRIJP) afirma que o Comando de Defesa Aeroespacial Integral detectou a aeronave voando ilegalmente e, em seguida, teria deslocado aviões de caça para abordar a aeronave.
De acordo com o Ministério venezuelano, os tripulantes não responderam às tentativas de comunicação feitas pelas Forças Armadas, o que levou ao abate. O avião estava com falso registro venezuelano, afirmou o governo.
Família de Klender Hideo não consegue contato
com ele há dias
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
com ele há dias
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Em Manaus, familiares tentam saber o paradeiro dos jovens em meio a informações desencontradas. "O documento e a bolsa [encontrados] são dele [Klender]. Não temos a certeza de que ele morreu, porque alguns sites venezuelanos dizem que o corpo não foi encontrado, outros veículos [de comunicação] dizem que o corpo dele foi carbonizado", afirmou João Marcos.
"Também disseram que o documento foi encontrado no bolso dele, mas como o documento não está queimado se o corpo foi carbonizado? A droga também estava intacta. Dizem que morreram, mas não mostraram os corpos. A gente está com esperança, acreditando em um milagre", disse o tio de Klender.
Sem notícias do filho, a mãe de Klender está debilitada, segundo o tio. "A família quer ver o corpo dele. A mãe dele está muito mal, não quer comer. Ontem [quarta-feira], ela teve alucinações. Está difícil", afirmou João Marcos.
O pai e o padrasto de Klender viajaram à Venezuela na quinta-feira (28). Na sexta (29), foram até Valência, cidade para onde os restos mortais das duas pessoas encontradas junto ao avião foram encaminhados.
fonte/foto/G1
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