BRASILEIRO É O QUE MAIS VAI COMPRAR JATOS ATÉ 2014
A demanda
por aviões executivos vai somar encomendas de 9,450 mil unidades entre
2014 e 2024, representando negócios da ordem de US$ 280 bilhões para a
indústria da aviação mundial nos próximos dez anos. É o que revela a 23ª
pesquisa anual realizada pela Honeywall, fornecedora de produtos e
serviços de tecnologia aeronáutica, junto a 1,5 mil empresas do setor.
Este ano, o número de aviões que os executivos disseram querer comprar até 2024 é 8% maior que os planos informados em 2013.
O Brasil é o mercado em destaque na
pesquisa. Apresenta a maior demanda projetada para os próximo dez anos. O
mercado brasileiro vai comprar 482 jatos executivos entre 2014 e 2024,
respondendo por 44% de toda a demanda da América Latina nesse período.
"Apesar de uma economia relativamente estagnada, a demanda no Brasil
permanece entre as mais elevadas do mundo", disse o presidente do setor
de aviação gera da Honeywell, Brian Sill.
Segundo ele, o Brasil apresenta uma
demanda equilibrada entre modelos maiores, mais caros e de maior
alcance, e os aviões menores, mais acessíveis. "A base de aviões no
Brasil é grande. Então a renovação da frota sempre tem peso na demanda
mundial", disse.
Mas Sill chamou a atenção para o fato de
haver uma queda de 11 pontos no percentual de renovação da frota
brasileira. Se ano passado os empresários do setor projetavam uma
renovação de 39% dos aviões em utilização, este ano o plano de troca
representa 28%.
Segundo Sill, esse menor desejo de trocar
jatos executivos no Brasil tem relação com uma base maior - o mesmo
número de encomendas representa um percentual menor de renovação na
medida em que a frota cresce -, mas também mostra cautela ante o cenário
econômico doméstico.
Segundo o estudo da Honeywell, 19% das
9.450 encomendas de aeronaves a serem feitas até 2024 serão assinadas já
em 2014. Outros 19% em 2015, depois 14% em 2016 e mais 22% desses
pedidos serão efetivados em 2016.
Se o cenário projetado na pesquisa da
Honeywell se confirmar, 23% da atual frota de aeronaves executivas será
renovada até 2017. Esse percentual está em linha com o que fora traçado
no levantamento da companhia em 2013.
"Para 2015, o mercado sinaliza que
continuará crescendo puxado pelos lançamentos de novos modelos e pela
melhora do ambiente econômico global", diz Sill.
Entre os tipos de aviões executivos
que serão comprados nos próximos três anos, 46% serão de aeronaves de
cabine grande. Os modelos médios serão 28% das unidades compradas. Já os
jatos menores representarão 26% dos pedidos.
À frente da América Latina, que terá 17%
das encomendas de jatos até 2024, estão a América do Norte, com 59%, e
Europa, com 18%. As regiões da Ásia e do Oriente Médio, juntas, somam 6%
da demanda.
fonte/Valor
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