EMPRESAS VÃO ÀS UNIVERSIDADES ATRÁS DE NOVOS PILOTOS
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Uma boa notícia para quem pensa em concretizar o sonho de trabalhar a milhares de metros do chão: o mundo está precisando de mais pilotos e profissionais da aviação. Os pré-requisitos, contudo, estão mais altos. Ainda que não seja necessário ter uma formação superior, as empresas têm buscado nas graduações pessoas com uma habilitação mais completa para comandarem suas aeronaves.
Com o aquecimento da economia, cresceu o número de brasileiros que podem comprar uma passagem de avião: em 2010, foram cerca de 74 milhões de embarques, 22% a mais do que no ano anterior. Isso e a perspectiva de curto prazo no País - com a realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 - levam as grandes companhias a escancararem as portas para os novos profissionais saídos da faculdade.
De acordo com Hildebrando Hoffmann, coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), cerca de 60 vagas são abertas por semestre e a grande maioria dos formandos vai para a pilotagem.
Apesar de já ser um número expressivo, Hoffmann acredita que ainda há espaço para expansão. O coordenador-geral do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé, completa: "as 23 faculdades do Brasil não estão dando conta. Existem mais aviões entrando no mercado do que as escolas estão conseguindo suprir".
De acordo com Hildebrando Hoffmann, coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), cerca de 60 vagas são abertas por semestre e a grande maioria dos formandos vai para a pilotagem.
Apesar de já ser um número expressivo, Hoffmann acredita que ainda há espaço para expansão. O coordenador-geral do curso de Ciências Aeronáuticas da PUC-GO, Raul Francé, completa: "as 23 faculdades do Brasil não estão dando conta. Existem mais aviões entrando no mercado do que as escolas estão conseguindo suprir".
Demanda antiga
Criado em 1993, o curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS foi um dos pioneiros no País. Motivada por uma demanda da extinta Varig, que na época estava em franco desenvolvimento e necessitava melhorar a qualificação dos seus profissionais, a instituição investiu na área.
Criado em 1993, o curso de Ciências Aeronáuticas da PUCRS foi um dos pioneiros no País. Motivada por uma demanda da extinta Varig, que na época estava em franco desenvolvimento e necessitava melhorar a qualificação dos seus profissionais, a instituição investiu na área.
Ao longo dos três anos de curso, os alunos não são preparados apenas para serem pilotos, mas também para atuarem em outras áreas. As matérias são dividas em três grupos: aviação, que tem disciplinas como teorias de voo, motores aeronáuticos, manutenção e sistema de aeronaves; gestão, que lida com organização do transporte aéreo, legislação da profissão, segurança e também sobrevivência.
A última parte é a prática. O estudante deve cumprir 165 horas de voos simulados e mais 160 horas de voo real. Para André Boff, 30 anos, que se formou em 2006 pela PUCRS e atualmente é co-piloto da companhia Azul Linhas Aéreas, esses são "os melhores momentos, horas que literalmente voam".
Boff acredita que ser piloto é uma oportunidade única: "é um desafio ter um equipamento altamente complexo sobre o seu controle", destaca.
Antes de ingressar no curso, contudo, é preciso preencher alguns requisitos. "O aluno que entra precisa passar no vestibular, ter mais de 17 anos, devido a uma determinação da Agência Nacional de Aviação (ANAC), e também já ter voado mais de 25 horas", relata Hoffmann.
Brincadeira do videogame virou profissão
"Desde criança, meus brinquedos favoritos eram aviões". Essa frase remete ao começo do fascínio de Rodrigo Coelho pela aviação. Hoje, aos 31 anos, ele viu seu sonho virar realidade, pois é co-piloto da Gol Linhas Aéreas.
"Desde criança, meus brinquedos favoritos eram aviões". Essa frase remete ao começo do fascínio de Rodrigo Coelho pela aviação. Hoje, aos 31 anos, ele viu seu sonho virar realidade, pois é co-piloto da Gol Linhas Aéreas.
Coelho conta que esse interesse diminuiu aos 14 anos, quando ele só pensava em jogar basquete. Mas a fixação voltou quando o irmão comprou o game Microsoft Flight Simulator, em que é possível simular um voo real na tela do computador. "Vendo meu irmão e seus amigos jogarem, percebi que isto seria um desafio interessante. E, de repente, todo o encanto com a aviação voltou.
Comecei a me interessar por mecânica, aerodinâmica, meteorologia e toda ciência ligada à aviação. Além, é claro, da pilotagem, que eu via como uma paixão e uma técnica a ser aprimorada a cada dia, de forma viciante", relata Rodrigo.
O piloto acredita que, para a pessoa realmente saber se esse é o curso que deve seguir, é preciso que se informe o máximo possível, visite um aeroclube e também faça um voo experimental. Para ele, a profissão será cada vez mais vital. "Acredito que a humanidade dependente da aviação como um meio de transporte rápido, seguro e eficaz, de tal forma que sempre existirá oportunidades para quem quiser começar", salienta.
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