INVESTIGADORES DO VOO AF447 PEDIRÃO MUDANÇAS NAS CAIXAS-PRETAS
Os especialistas que investigam o acidente do voo AF447 da Air France devem recomendar nesta quinta-feira a introdução de novos padrões técnicos na configuração de caixas-pretas para ajudar na busca de destroços de aviões que venham a cair no mar, segundo o jornal New York Times.
Os investigadores do BEA, o Bureau de Investigações e Análises francês, apresentarão, em Paris, nesta quinta-feira à tarde, seu segundo relatório sobre a queda do avião que, no dia 1º de junho, causou a morte de todas as 228 pessoas a bordo, na rota entre Rio de Janeiro e Paris.
O jornal teria recebido detalhes do documento passados por "uma autoridade que leu o relatório", mas o artigo publicado na edição desta quinta-feira não faz nenhuma menção a novas revelações sobre as causas do acidente.
"No relatório, os investigadores do bureau pedem aos reguladores de segurança de aviação que exijam que os dispositivos que emitem sons para localizar o avião, acoplados à nave, e as gravações da voz da cabine dos pilotos de qualquer avião de passageiros que sobrevoe águas profundas sejam aprimorados para emitir sinais por até 90 dias, em vez do atual requerimento de apenas 30 dias", diz o jornal.
"O relatório também recomenda que sejam acoplados outros emissores de luz com vida útil de pelo menos 30 dias a partes da fuselagem do avião."
Os investigadores ainda pedem que os reguladores estudem a possibilidade de requerer equipamento e software que permitam transmissão automática e em tempo real da posição do avião, altitude, velocidade e direção para uma estação de controle de tráfego aéreo no solo, afirma o NYT.
O avião da Air France caiu em junho passado a cerca de 1.000 km de distância da costa brasileira. Até agora foram encontrados pedaços do avião e 51 corpos. Mas as caixas-pretas e a maior parte da fuselagem não foram encontradas.
Os investigadores já disseram que, sem as caixas-pretas, pode ser que as causas definitivas do acidente nunca sejam descobertas.
"Até agora, a maior fonte de informações sobre o que ocorreu é uma série de mensagens enviadas automaticamente pelo avião para a base de manutenção, que indicavam o mau funcionamento dos sensores de velocidade aérea do avião", afirma a reportagem.
"Investigadores disseram que a má leitura da velocidade - possivelmente causada pelo frio - poderia ter contribuído para a queda, mas provavelmente não seria a causa principal."
De acordo com o jornal, o relatório também deve recomendar novos estudos sobre a composição da atmosfera terrestre em altitudes de 35 mil a 40 mil pés, em que a maioria dos aviões de passageiro voa a maior parte do tempo.
A ideia é determinar se os efeitos das mudanças climáticas devem ser levados em consideração na hora de certificar componentes como sensores de velocidade, vulneráveis ao gelo.
As buscas pelas caixas-pretas deverão ser retomadas no início de fevereiro.
Os investigadores do BEA, o Bureau de Investigações e Análises francês, apresentarão, em Paris, nesta quinta-feira à tarde, seu segundo relatório sobre a queda do avião que, no dia 1º de junho, causou a morte de todas as 228 pessoas a bordo, na rota entre Rio de Janeiro e Paris.
O jornal teria recebido detalhes do documento passados por "uma autoridade que leu o relatório", mas o artigo publicado na edição desta quinta-feira não faz nenhuma menção a novas revelações sobre as causas do acidente.
"No relatório, os investigadores do bureau pedem aos reguladores de segurança de aviação que exijam que os dispositivos que emitem sons para localizar o avião, acoplados à nave, e as gravações da voz da cabine dos pilotos de qualquer avião de passageiros que sobrevoe águas profundas sejam aprimorados para emitir sinais por até 90 dias, em vez do atual requerimento de apenas 30 dias", diz o jornal.
"O relatório também recomenda que sejam acoplados outros emissores de luz com vida útil de pelo menos 30 dias a partes da fuselagem do avião."
Os investigadores ainda pedem que os reguladores estudem a possibilidade de requerer equipamento e software que permitam transmissão automática e em tempo real da posição do avião, altitude, velocidade e direção para uma estação de controle de tráfego aéreo no solo, afirma o NYT.
O avião da Air France caiu em junho passado a cerca de 1.000 km de distância da costa brasileira. Até agora foram encontrados pedaços do avião e 51 corpos. Mas as caixas-pretas e a maior parte da fuselagem não foram encontradas.
Os investigadores já disseram que, sem as caixas-pretas, pode ser que as causas definitivas do acidente nunca sejam descobertas.
"Até agora, a maior fonte de informações sobre o que ocorreu é uma série de mensagens enviadas automaticamente pelo avião para a base de manutenção, que indicavam o mau funcionamento dos sensores de velocidade aérea do avião", afirma a reportagem.
"Investigadores disseram que a má leitura da velocidade - possivelmente causada pelo frio - poderia ter contribuído para a queda, mas provavelmente não seria a causa principal."
De acordo com o jornal, o relatório também deve recomendar novos estudos sobre a composição da atmosfera terrestre em altitudes de 35 mil a 40 mil pés, em que a maioria dos aviões de passageiro voa a maior parte do tempo.
A ideia é determinar se os efeitos das mudanças climáticas devem ser levados em consideração na hora de certificar componentes como sensores de velocidade, vulneráveis ao gelo.
As buscas pelas caixas-pretas deverão ser retomadas no início de fevereiro.
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fonte/BBC/G1/foto/Folha Imagens
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