RÚSSIA ABRE PROCESSO SOBRE CAÇAS MIG-29 DEVOLVIDOS PELA ARGÉLIA

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Acusações penais e criminais foram estabelecidas contra os responsáveis da alta gerência de uma empresa, acusada de fornecer equipamentos de baixa qualidade para os MiG-29 adquiridos pela Argélia e posteriormente devolvidos à Rússia.

Musail Ismailov e Alexandre Kutumov, chefe e vice-chefe da empresa Aviaremsnab estão atualmente cumprindo penas semelhantes. Eles foram condenados por fraude em maio passado, após as investigadores determinarem que a empresa utilizou certificados e marcas de equipamentos falsos quando forneceu os mesmos à fabricante MiG, fazendo-os passarem-se por novos, quando na realidade eram peças e componentes usados (fabricados entre 1982 e 1996).

Em um contrato de US$ 14,3 milhões, a Aviaremsnab abasteceria a MiG com peças e equipamentos novos. Após um adiantamento de US$ 1,7 milhões, a MiG recebeu não as peças fabricadas entre 2005 e 2006 , mas peças antigas e de fabrico de 25 anos atrás, com certificados falsos. A fraude, no entanto, fora descoberta antes que os componentes fossem instalados.

A Rússia havia vendido à Argélia 28 MiG-29 SMT (um lugar) e 6 MiG-29UB (dois lugares), num contrato de até US$ 1,3 bilhão, via Rosoboronexport - a estatal responsável pela exportação de armamento russo. Após receber quinze unidades do caça, a Argélia se negou a receber os restantes, alegando a baixa qualidade dos mesmos. Os quinze aviões foram devolvidos à Rússia, que os colocou em serviço em sua força aérea depois de testes rigorosos nos aparelhos.

Recentemente, após a queda de um MiG-29 na Sibéria em novembro passado, o Ministério da Defesa admitiu que a frota russa do vetor, composta de 281 aviões, está em grande parte ultrapassada e não mais é capaz de desempenhar suas funções de combate. Especialistas militares disseram que a frota russa, adquirida entre 1983 e 1993, tornou-se obsoleta e precisa ser retirada do serviço ativo.

fonte RIA foto/divulgação

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