FORMOL FAZ AVIÃO DA TRIP POUSAR

O voo 5603 da Trip, que saiu do Aeroporto Internacional de Belém ontem, às 12h55, com destino a Carajás, no sudeste do Pará, ficou no meio do caminho. Ou seja, em Tucuruí, onde a aeronave faria apenas uma escala. A viagem foi interrompida porque um garrafão com 3 litros de formol, armazenado indevidamente no espaço destinado à bagagem de mão dos passageiros, explodiu durante o voo, causando grande desconforto, inclusive à tripulação.

De acordo com um dos passageiros do avião, o chefe do cerimonial da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Augusto César Santos, a substância teria sido transportada por um grupo de seis biólogos, que levavam outras substâncias. A situação foi preocupante. 'Cerca de 40 minutos depois de decolar de Belém, quando iria começar o serviço de bordo, os passageiros foram avisados de que a viagem seria interrompida devido a um problema técnico', contou Augusto.

Segundo ele, cerca de 50 passageiros estavam no voo. O formol entrou na aeronave em volumes parecidos com garrafas de refrigerante que estavam dentro de caixas sem proteção e amarradas com sacolas plásticas. 'A substância vazou e chegou a molhar a minha bagagem. Sou agrônomo e posso dizer que se esse líquido tivesse atingido a cabine, com certeza corríamos o risco de cair', disse o passageiro, que estava na companhia do reitor da Ufra, Sueo Numazawa.

Augusto César afirma que quando pousou em Tucuruí nenhuma informação sobre o voo fora dada pela companhia aérea, assim como nenhum atendimento médico foi prestado aos passageiros. 'Ninguém falou nada com os passageiros. Mas, aparentemente, ninguém ficou mal. Apenas a aeromoça, que estava com os olhos muito vermelhos, não foi mais vista entre os outros tripulantes', ressaltou.

Por telefone, a reportagem tentou falar com os biólogos que levavam o formol, assim como outras substâncias químicas, mas eles se recusaram a informar o que, realmente, aconteceu.

Procurada para falar sobre o incidente durante o voo 5603, a Trip Linhas Aéreas não esclareceu o assunto. Uma funcionária de nome Caroline informou que não poderia dar detalhes sobre o acidente porque não tinha conhecimento do caso. Segundo ela, somente a assessoria de comunicação, que fica em Belo Horizonte, deveria se manifestar. Mas, até o fechamento da edição, os telefones da assessoria só chamavam.
fonte/Belém

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