TANQUES T-27M PARA VENEZUELA.....CHÁVEZ PROMETE


O presidente Hugo Chávez disse na quinta-feira que a Venezuela continuará comprando armas diante da "ameaça" supostamente representada por um projeto da Colômbia de aumentar sua cooperação militar com os Estados Unidos.

Caracas retirou no mês passado seu embaixador de Bogotá e tomou algumas medidas de pressão econômica como protesto contra o acordo do governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, com Washington, que permitirá aos Estados Unidos utilizar sete bases militares do país sul-americano.

O militar da reserva, que afirma realizar uma revolução socialista em favor dos pobres, disse que em sua próxima visita a Moscou prevista para setembro comparará "ao menos três batalhões de tanques russos" para preparar-se ante uma eventual guerra com Colômbia ou Estados Unidos.

"Lamentavelmente temos que nos armar. Cada quadro do partido tem que ser um soldado combatente... pronto para a guerra para defender a pátria ante uma agressão do império norte-americano", disse Chávez em um ato com militantes de seu Partido Socialista Unido da Venezuela.

A Venezuela iniciou no ano passado negociações para comprar tanques T-72M, segundo fontes da indústria de defesa da Rússia.

Chávez já comprou em Moscou mais de 4,4 bilhões de dólares em armamento, incluindo aviões de combate, fuzis Kalashnicov e helicópteros. Tais compras foram criticadas pela Colômbia e pelos Estados Unidos.

"Transformaremos a Venezuela em uma fortaleza inexpugnável, como Cuba", afirmou o presidente, saudado pelos seguidores, após saudar seu amigo e aliado Fidel Castro.

Uribe realizou esta semana um giro por países da região para explicar que o projeto não contempla a instalação de bases militares norte-americanas na Colômbia, mas sim o uso compartilhado de instalações colombianas, e que o acordo é necessário para fortalecer a luta contra o tráfico de drogas e a guerrilha.

No entanto, o presidente venezuelano denunciou que a Casa Branca deseja invadir seu país para assumir as principais reservas de petróleo do Ocidente.

"Os yankees estão desesperados porque já não têm petróleo e não puderam capturar o petróleo do Iraque. Nós estamos outra vez na mira porque querem a Faixa Petrolífera de Orinoco", acusou Chávez.

A Venezuela, um dos principais fornecedores de energia para os EUA, afirma que a Faixa de Orinoco possui os maiores campos de hidrocarbonetos do mundo.





Rússia e Venezuela firmarão um "importante" acordo armamentista, que incluirá a compra de "cerca de 40 tanques" durante a visita do presidente Hugo Chávez a Moscou, em meados de setembro, informou nesta quarta-feira o próprio líder venezuelano.

"Vai ser um acordo importante de armamento para incrementar nossa capacidade defensiva", declarou Chávez a um grupo de jornalistas, explicando que também firmará acordos agrícolas, de petróleo e mineração.

Após manter hoje uma conversa por telefone com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o presidente venezuelano reafirmou que comprará tanques modernos, ao que parece dos modelos BMP3, MPR e T-72.

"São uns 30 ou 40 tanques. Nos faltavam tanques. Nosso Exército vai seguir crescendo, também as milícias e a defesa de todo o povo", explicou Chávez.

Os tanques "são os mais modernos que há, com visão noturna. Quase voam, se transformam como os (carros) do 007 (agente secreto), que entram na água e se tornam submarino".

"Não queria gastar um centavo em armas e nos primeiros anos do meu governo foi assim (...), mas o Império (americano) quer nos desarmar e se não fosse a Rússia, estaríamos quase sem armas".

Na semana passada, Venezuela e Rússia firmaram em Caracas um acordo que incrementará o intercâmbio entre as forças armadas dos dois países, incluindo venda de armas e transferência de tecnologia militar.

Entre 2005 e 2007, Caracas e Moscou firmaram contratos para a compra de armas totalizando 4,4 bilhões de dólares.

A Rússia já vendeu à Venezuela 24 caças Sukhoi, 50 helicópteros de combate e 100 mil fuzis de assalto Kalashnikov.
fonte: REUTERS/AFP

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