CONTROLADORES DE VOO PORTUGUESES ANUNCIAM 5 DIAS DE GREVE
Seis
sindicatos representativos dos trabalhadores da NAV Portugal vão fazer
uma greve de duas horas, durante cinco dias, o primeiro já na próxima
quinta-feira, para alertar para a situação de abandono em que vive a
empresa.
"Os trabalhadores da NAV Portugal veem-se forçados a recorrer ao
derradeiro instrumento constitucional para chamar a atenção do País para
os impactos decorrentes da situação que se vive na empresa e do
abandono a que tem sido votada", lê-se no comunicado enviado esta
terça-feira pela plataforma sindical, que integra seis sindicatos
representativos dos trabalhadores.
Os pré-avisos de greve abrangem períodos diários de duas horas na
quinta-feira, dia 30 de Junho (das 14h00 às 16h00) e nos dias 8, 15, 22 e
29 de Julho (das 8h00 às 10h00).
A NAV é a empresa responsável pelos serviços de tráfego aéreo
português, o que significa que controla os voos com partida e chegada
aos aeroportos nacionais, mas também o sobrevoo do espaço aéreo
português (ligações internacionais através do espaço aéreo português).
Segundo o comunicado, "há vários meses que os sindicatos
representativos dos trabalhadores da NAV Portugal vêm alertando o
Governo, através do Ministério do Planeamento e Infraestruturas, para os
graves problemas que afetam a empresa e os seus trabalhadores".
"Os alertas têm sido reiterados em relação às implicações negativas
de não haver um Conselho de Administração devidamente capacitado para a
normal gestão da empresa e para o bloqueio na implementação do quadro
orçamental previsto no Plano Nacional de Desempenho, já devidamente
validado pela Comissão Europeia", explicam.
Os sindicatos referem "os progressos ocorridos" com a designação do
tenente-coronel Albano Coutinho para presidir a partir de 1 de Julho, em
regime de substituição, ao Conselho de Administração da NAV Portugal.
No entanto, realçam que "esta nomeação única não altera em nada a
atual situação de incapacidade de gestão da Empresa, exigindo-se a
nomeação imediata da totalidade dos três membros do Conselho de
Administração".
"É imperioso que sejam tomadas as decisões estratégicas que se impõem
numa organização como a NAV Portugal, sob pena de ficar em causa, de
forma grave, a operacionalidade da empresa que é responsável pela
segurança de mais de 100 milhões de passageiros que anualmente utilizam o
espaço aéreo nacional",
advertem em comunicado conjunto o Sindicato dos
Técnicos de Informação e Comunicações Aeronáuticas, o Sindicato dos
Controladores de Tráfego Aéreo, o Sindicato dos Técnicos de Segurança
Aérea, Sindicato dos Técnicos de Navegação Aérea, Sindicato dos
Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, Sindicato Nacional dos
Trabalhadores da Aviação Civil.
fonte/Sapo
Comentários