CINCO PORTUGUESES ENTRE OS PASSAGEIROS DO AVIÃO MOÇAMBICANO (EMBRAER E-190) DESAPARECIDO

Há cinco portugueses entre os passageiros do voo TM470, que fazia a ligação entre Maputo e Luanda e desapareceu na sexta-feira à tarde. A informação foi revelada pelas Linhas Aéreas de Moçambique no seu site oficial, corrigindo a informação inicial de que eram 28 passageiros. Afinal são 27. 

Esta informação confirma os receios já avançados pelo secretário de Estado das Comunidades. Um dos portugueses que seguiam no avião é um empresário residente na região centro de Portugal e com negócios na área da construção civil em Angola e Moçambique, disse à Lusa um amigo desse empresário.

Além dos cinco portugueses, seguiam a bordo dez moçambicanos, nove angolanos, um francês, um brasileiro e um chinês. Ao todo, seguiam 33 pessoas a bordo - 27 passageiros (e não 28, como foi inicialmente dito pela LAM) e seis tripulantes.

O paradeiro do avião continua a ser uma incógnita. "A LAM continua empenhada na coordenação com as autoridades aeroportuárias e aeronáuticas da Namíbia, Botswana e Angola com vista a localizar o avião e inteirar-se da situação", diz o comunicado publicado na manhã deste sábado pela transportadora moçambicana.

A polícia da Namíbia suspeita que o aparelho tenha caído perto da fronteira com o Botswana e Angola.



O avião descolou do Aeroporto Internacional de Maputo, em Moçambique, às 11h26 de sexta-feira e deveria ter aterrado na capital angolana às 14h10 locais (mais uma hora do que em Lisboa). O que não chegou a acontecer. Já durante a noite, a administradora-delegada da LAM, Marlene Manave, disse que a última comunicação com a tripulação ocorreu às 13h30.

As informações mais recentes apontam para uma provável queda do avião no Norte da Namíbia. “Funcionários do Botswana informaram-nos que viram fumo no ar, pensando que o acidente se deu no seu país, mas quando chegaram à fronteira perceberam que afinal tinha acontecido na Namíbia”, disse à AFP Willie Bampton, coordenador da polícia regional de Kavango e membro da equipa de buscas.

O mesmo responsável explicou que os habitantes das aldeias vizinhas dizem ter ouvido explosões.
As buscas foram retomadas na manhã deste sábado no parque nacional de Bwabwata (nordeste da Namíbia), uma zona de acesso difícil. “Continuamos à procura. Não há verdadeiras estradas, é preciso abrir passagens no mato, lentamente, e isso é um trabalho difícil”, acrescentou Willie Bampton.

As fortes chuvas que caíram na véspera também dificultam a missão.

Na sexta-feira à noite, a LAM publicou um comunicado, afirmando que “informações obtidas dão indicação de a aeronave ter aterrado em Rundo, Norte da Namíbia, fronteira com Botswana e Angola”. "Neste momento a LAM, autoridades aeronáutica e aeroportuária estão empenhados em estabelecer contactos com vista a confirmação da informação”, lê-se na mesma nota publicada no site da companhia aérea.

Já na madrugada deste sábado, o ministro dos Transportes e Comunicações  de Moçambique, Gabriel Muthisse, admitiu a possibilidade de o avião se ter despenhado. “Obtivemos a informação de que o avião ou terá feito uma aterragem forçada ou ter-se-á despenhado numa área florestal na região fronteiriça entre a Namíbia e o Botswana”, afirmou o governante, em conferência de imprensa, citado pela Lusa.

Moçambique, entretanto, enviou especialistas aeronáuticos para o Norte da Namíbia, para apoiar nas buscas e na avaliação do caso.

Notícia actualizada às 9h08 L, com novas informações sobre presença de portugueses a bordo e buscas no Norte da Namíbia.

fonte/Publico.pt
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