CONCESSÕES DE AEROPORTOS NÃO TERÃO "MUDANÇAS RADICAIS", DIZ FIGUEIREDO
O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo
Figueiredo, disse nesta quinta-feira (18) que o novo pacote de concessão
de aeroportos federais, que o governo deve divulgar após o segundo
turno das eleições, não deve ter “mudanças radicais” em relação ao
modelo aplicado no leilão de fevereiro.
“Não temos muitas formas de se conceder aeroportos. Por isso não acho
que [o plano a ser anunciado] vá ter mudanças radicais”, disse
Figueiredo, que participa de seminário realizado pelo Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília.
No novo pacote, o governo deve anunciar a concessão à iniciativa
privada dos aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em
Minas Gerais.
Em fevereiro, o governo fez o leilão de concessão dos aeroportos de
Guarulhos, Campinas e Brasília. Um dos principais pontos do modelo
adotado foi a obrigação dos consórcios que disputaram o certame terem,
entre os sócios, uma empresa estrangeira com experiência em operação de
aeroportos com movimentação acima de 5 milhões de passageiros.
O objetivo da exigência é que os operadores estrangeiros possam trazer
ao país novas técnicas e tecnologias para administração de aeroportos –
que seriam absorvidas pela Infraero, estatal que administra a maior
parte dos principais aeroportos do país.
Entretanto, após o leilão o governo considerou que o piso de 5 milhões
de passageiros para a escolha dos operadores foi baixo e possibilitou a
vitória de consórcio com empresas pouco conhecidas.
A partir daí, o governo passou a discutir novos modelos para o a
concessão de aeroportos. Um dos objetivos é garantir a vinda para o país
de empresas que administram hoje grandes aeroportos no mundo.
Controle acionário
O presidente da EPL disse que o governo ainda discute o papel da Infraero nas novas concessões de aeroportos. Em Guarulhos, Campinas e Brasília, a Infraero é sócia minoritária das concessionárias vencedoras do leilão em empresas, chamadas de Sociedade de Propósito Específico (SPE), que administram os três terminais.
Para os novos aeroportos, o governo considera a possibilidade de um novo modelo, em que a Infraero deteria o controle da concessão e as vencedoras da licitação ficariam como sócios minoritários.
fonte/G1
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