PILOTOS DA IBERIA ANUNCIAM GREVE EM DEZEMBRO E EMPRESA REPONDE QUE É PROVOCAÇÃO

A representação sindical dos pilotos da Iberia garantiu ontem que em Dezembro vai haver greve na companhia, embora sem adiantar ainda datas, contra o impasse das negociações do seu contrato de trabalho, a criação da filial low cost Iberia Express e, também, contra o alegado propósito do CEO do IAG, Willie Walsh, de querer fazer da Iberia uma subsidiária de baixo custo da British Airways.

É “uma provocação” e uma “chantagem sobre a sociedade”, já respondeu um porta-voz da Iberia, citado pelo diário económico “Cinco Dias”, que sublinhou que “é a primeira vez que se fará uma greve contra a criação de uma empresa nova” e lamentou que o Sindicato (SEPLA) se oponha “à criação de 500 postos de trabalho” num País que tem “mais de cinco milhões de desempregados” e quando estão “garantidas as condições salariais dos pilotos e do resto dos empregados” actuais da companhia.

A perspectiva dos pilotos, divulgada por Justo Peral, chefe da Secção do SEPLA na Iberia, é oposta, acusando a empresa de ter transformado numa “pantomina” as negociações sobre o contrato de trabalho e de estar a fazer “o trabalho sujo” pelo CEO do IAG, holding que reúne a Iberia e a British Airways, Willie Walsh, de levar à ruptura do contrato com os pilotos que “protege as operações da Iberia em Barajas, militar o seu crescimento e converter a companhia espanhola na sua low cost particular”.

Justo Peral explicou que os pilotos não marcaram ainda as datas da greve porque aguardam pela posição dos sindicatos do pessoal de cabine do pessoal de terra quanto à greve, com o objectivo de que todos participem na paralisação.

“Nós vamos fazer greve em Dezembro e estamos à espera do resto dos colectivos”, disse Peral que, segundo a imprensa espanhola, deixou claro que mesmo que os restantes sindicatos não se decidam pela paralisação, a posição do SEPLA é inabalável “ainda que tenhamos que fazê-lo em solitário”.

A imprensa diz que Peral não descartou que as greves ocorram na época do Natal, explicando que o SEPLA tem que marcar a paralisação com dez dias de antecedência e os restantes sindicatos com 15 e que neste quadro é possível que a greve ocorra durante as festas de Natal porque só na próxima semana poderá haver uma reunião entre os diferentes sindicatos.

fonte/Presstur
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