PILOTO DO AVIÃO DA AIR FRANCE PODE TER TENTANDO VOLTAR AO BRASIL

O avião da Air France que se acidentou no Oceano Atlântico no dia 1º de junho do ano passado pode ter dado meia volta para tentar retornar ao Brasil antes de cair no mar, segundo uma fonte governamental francesa citada pelo jornal Le Figaro.

Essa hipótese se baseia na fixação de uma nova zona de busca do Airbus A330 - acidentado com 228 pessoas a bordo quando voava do Rio de Janeiro a Paris - a partir de um possível sinal das caixas-pretas registrada pelo sonar do submarino nuclear francês 'Emeraude' em 1º de julho do ano passado.

Se for confirmado que o aparelho caiu nessa área, cerca de 40 quilômetros a sudoeste de sua última posição conhecida, "significaria que o avião estava perdido e, conforme os procedimentos em vigor, deu meia volta para sair de uma zona de nuvens cumulonimbos para voltar ao Brasil", assinalou a fonte.

Também significaria que o navio 'Seabed Worker', fretado pelo organismo francês responsável pela investigação, o BEA, fez buscas inúteis desde março, já que procurava no local errado.

Segundo anunciou o próprio BEA, o navio vai realizar, a partir desta sexta, buscas no novo perímetro delimitado pelas conclusões obtidas da análise do sinal captado pelo sonar há mais de dez meses, graças a uma interpretação mediante um algoritmo informático inovador.

Os técnicos da Thales (empresa fabricante do sonar) e especialistas da Marinha francesa consideram que as caixas-pretas da aeronave enviaram os sinais detectados pelo submarino, o que permitiu o estabelecimento de uma área entre 80 e 100 quilômetros quadrados.

O problema, agora, será localizar o posicionamento exato dessas caixas-pretas e resgatá-las, um trabalho que, segundo o porta-voz do Ministério francês de Defesa, o general Christian Baptiste, é "como encontrar uma caixa de sapatos em um espaço tão grande quanto a cidade de Paris em um terreno tão acidentado quanto a cordilheira dos Andes".
De toda forma, o BEA acredita que, caso encontradas, as caixas-pretas poderão ser analisadas, já que foram concebidas para resistir a impactos fortíssimos, temperaturas superiores a mil graus (por conta da possibilidade de incêndios) e pressões equivalentes às de locais a seis mil metros abaixo do nível do mar.

fontes/EFE/UOL Notícias /Globo News

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