SOBREVIVENTES DIZEM QUE SUBOFICIAL DESAPARECIDO AJUDOU TODOS
A enfermeira da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) de Cruzeiro do Sul (AC) Isna Silveira afirmou, nesta sexta-feira, que sobreviventes do acidente com o avião da Força Aérea Brasilieira (FAB) relataram o heroísmo de um dos dois homens que estavam a bordo e continuam desaparecidos. Segundo Maria das Dores Silva Carvalho, o suboficial Marcelo dos Santos Dias ajudou todos os ocupantes a deixar a aeronave antes de ela afundar.
O avião foi localizado às 9h40 do horário local (11h40 de Brasília) desta sexta-feira. A aeronave pousou no rio Ituí, afluente do rio Javari, entre as aldeias Aurélio (da tribo dos Matis) e Rio Novo (da tribo dos Murugos). O C-98 foi inicialmente localizado por índios da tribo dos Matis, e a FAB enviou para o local as aeronaves que estavam engajadas na operação de busca. No início da tarde, o comando da Aeronáutica e a Funasa divulgaram uma nota conjunta e informaram que dos 11 ocupantes do avião, um está desaparecido e há indícios de um possível óbito. Os outros nove sobreviventes passam bem.
"O oficial saiu e ajudou todos, disse ela. E deve ter ficado exausto", afirmou Isna. Segundo a enfermeira, os sobreviventes não teriam visto o servidor da Funasa João de Abreu Filho - o segundo desaparecido - deixar a aeronave.
Isna disse que os seis servidores da Funasa, levados para o Hospital Geral de Cruzeiro do Sul, estavam mais tranquilos no final da tarde. Às 19h (horário de Brasília), eles ainda estavam sendo avaliados pela equipe médica e que deverão ficar internados no hospital nesta noite. De acordo com a enfermeira, eles foram bastante picados por insetos durante a madrugada. Segundo ela, a enfermeira Josiléia Vanessa de Almeida, que está grávida, não teve nenhum problema com o bebê.
A servidora da Funasa Maria das Graças Rodrigues Nobre, 49 anos, ligou às 14h30 (12h30 no horário de Brasília) para os parentes em Atalaia do Norte (AM) para acalmá-los. "Ela falou que tiveram ferimentos leves, nada grave", afirmou Nadilene Freitas Rodrigues, prima de Maria das Graças.
Segundo a prima, Maria das Graças, que é viúva e tem três filhos, estava muito abalada e chorando bastante. A servidora que trabalha há nove anos na Funasa não soube informar quando retornará para casa.
fonte/foto/Terra/AgEstado
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