BOLÍVIA ADQUIRE 6 AVIC K-8 KARAKORUM

K-8 Karakorum em cores Chinesas - (observe ao fundo um 737 chinês).

O presidente Boliviano Evo Morales aprovou na ultima quarta-feira o decreto 0310, que autoriza o pagamento de $ 57,8 milhões para a compra direta, sem licitação de seis aviões de treinamento a jato chinês K-8 Karakorum. A compra prevê o fornecimento de dois motores extras por aeronave, um simulador de vôo, uma bancada de teste KTS instalada em um veículo 2000 BM, um sistema de planejamento de missão interativo Multimédia (IMI), peças de reposição, ferramentas e equipamentos. Além de pagar a formação do pessoal da Força Aérea Boliviana (FAB), manuais, montagem e assistência técnica, frete e seguro de transporte dos equipamentos até a Bolívia.

Segundo o Ministro da Defesa, Walker San Miguel, Mais detalhes sobre a compra devem ser anunciados em 10 de outubro data de aniversário da criação da FAB – Fuerza Aérea Boliviana, pelo próprio presidente Evo Morales.

As aeronaves devem ser usadas na luta contra o tráfico de drogas e na proteção do espaço aéreo boliviano, substituindo gradativamente os TF-33 ainda em operação mas que tem sofrido repetidas panes.

K-8 from Pakistan

O K-8 Karakorum (nome do vento que percorre a cordilheira que separa o Paquistão e China denominada Karakoram) é um projeto de treinador avançado desenvolvido em cooperação com o Paquistão (Complexo Aeronáutico do Paquistão) e a Chinesa Nanchang Aircraft Manufacturing Corporation. (hoje AVIC).


É utilizado pelo Egito (120 unidades - sendo que 40 foram produzidos no Egito), Ghana (4 unidades), Myanmar (12 unidades), Namibia (12 unidades), Paquistão (~40 Unidades), China (~300 unidades), SiriLanka (6 Unidades), Sudão (12 unidades), Tanzânia (6 Unidades), Venezuela (18 Unidades encomendadas), Zambia (8 unidades) e Zimbabue (12 unidades).

Inicialmente, a Bolívia iria comprar seis aviões de combate L-159, fabricado na República Checa (arte acima), entretanto a comprar dos aparelhos foi vetada pelo Governo Americano já que o treinador Tcheco tem peças fabricadas nos EUA. Ventilou-se a possibilidade de compra dos Super Tucanos Brasileiros mas certamente o Governo Americano não autorizou a venda. Além disso as condições de financiamento chinesas foram superiores (como sempre!) as que em geral são oferecidos pelo BNDES a EMBRAER.

Sem alternativa, restou a Bolívia que neste caso a opção de adquirir seus aviões da China ou Rússia (que em geral não vende menos que doze unidades de qualquer aparelho, alem disso o treinador russo Yak-130 oferecido é bem mais caro que os K-8 - Arte acima).

K-8 from Zambia Air Force

AVIC K-8 Karakorum

Características gerais
* Tripulação: 2 (em tandem)
* Comprimento: 11,6 m (38 0 in)
* Envergadura: 9,63 m (31 7 in)
* Altura: 4,21 m (13 ft 9 in)
* Peso vazio: 2,687 kg (5.924 lb)
* Peso máximo de decolagem: 4,330 kg (9.546 lb)
* Motor: 1 × Garrett TFE731-2A-2A turbofan, 16,01 kN (3.600 lb)
Desempenho
* Velocidade máxima: Mach 0,75 (800 km / h, 498 mph)
* Alcance: 2,250 km (1.398 Km)
* Teto de serviço: 13.000 m (42.651)
* Max. fator de célula de carga: 7,33 g / -3,0 g
Armamento
* Armas: um pod de canhão externo de 23 milímetros (montado no sub-hardpoint fuselagem).
* Pontos Duros: 5 (com capacidade total de 1000 kg):
O 1 × sub-fuselagem (capaz de carregar um pod de canhão de 23 milímetros)
O 4 × sob as asas, com capacidade de 250 kg cada
* Foguetes: capaz de carregar pod de foguetes de 57 mm sob as asas
* Mísseis: Ar-Ar infravermelhos de curto alcance e Ar-terra-ar (PL-5, PL-7)
* Bombas:
o 200 kg, 250 kg de bombas gravidade
bomba cluster o BL755
* Outros:
capaz de carregar 2 tanques de combustível sob as asas




Evo Morales ainda espera de doação de helicópteros UH-1H que o Brasil está retirando de operação (e substituindo pelo Blackhawk). Entretanto o Governo Brasileiro ainda aguarda a autorização dos Estados Unidos, proprietário da tecnologia dos helicópteros. As aeronaves foram oferecidas em abril pelo ministro da Defesa Brasileiro, Nelson Jobim, em visita a La Paz.

Os helicópteros serão usados para policiar a fronteira com o Brasil, que tem cerca de 3.100 km de comprimento, abrange varias cidades fronteiriças que, de acordo com relatórios oficiais são considerados pontos críticos para o comércio de cocaína.

fonte/Vinna/Aviation SudAmeérica/LaPrensa/

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