MIRAGE III VOADO POR AYRTON SENNA É DOADO AO MUSEU ASAS DE UM SONHO DA TAM


O presidente do Museu Tam, João Francisco Amaro, recebeu da Força Aérea Brasileira (Fab) a doação de um caça modelo Mirage, no último sábado (dia 15), em Anápolis (GO). A aeronave foi o primeiro caça da Fab a romper a barreira do som no Brasil, há mais de trinta anos.

Com a reabertura operacional do museu, programada para janeiro, o avião estará entre as mais de 80 peças expostas. O espaço passa por reformas desde julho do ano passado para expandir a antiga área construída coberta, de 9,5 mil m², para mais de 20 mil m².

“Este Mirage está pintado com o nome do nosso querido Ayrton Senna, que teve a oportunidade de voar nele como passageiro, e assim será preservado no Museu. O capacete usado por Senna no voo também será gentilmente doado pelo Instituto Ayrton Senna”, explicou João Amaro.




Era mês de março de 1989, quando Ayrton experimentou uma aventura que nunca chegou a uma mesma velocidade de um F-1. Ayrton embarcou juntamente com o piloto Silvio Potengi hoje coronel, em um avião-caça Mirage III D da Força Aérea Brasileira(FAB), nos céus do Rio de Janeiro, a duas semanas do GP Brasil em Jacarepaguá, em uma emoção eletrizante.

Foto: Avião-caça Mirage III D, usado na experiência de Ayrton Senna

No meio de cada movimento, Ayrton via pequenas bolinhas e perdia os sentidos por alguns segundos, no cockpit da frente, e Potengi no de trás indicado para os caronas.Foram quatro vezes. Potengi achou o suficiente e o avisou que poderia desmaiar, mas ele queria mais.Foto: Avião-caça Mirage III D,usado naexperiência de Ayrton Senna

Foram loopings!!!! Já tinham feito um belo rasante na grande reta do autódromo de Jacarepaguá e ultrapassado a barreira do som a 1165 km/h, a uma distância segura para que não quebrasse os vidros das janelas das cidades . Não houve mais loopings , mas Potengi pediu permissão de Senna para mais manobras radicais. E o fez. Depois de um grande mergulho,seguido de um rasante que deixou o avião a poucos metros do mar, na região de Ubatuba, voando rente as ondas em direção ao continente, Potengi fez um movimento brusco de 180 graus.
Experiência do Senna em um avião caça F-5 em 1987.

De cabeça para baixo, tendo a água como sua única visão muito próxima ao cockpit. Sentiu algo que não esperava : Pânico.Desembarcaram daquele caça, em uma experiência de 40 minutos. Senna estava pálido e meio tonto, mas muito feliz principalmente tomado por um sentimento patriota:“Se todos os brasileiros pudessem experimentar o que senti, talvez tivessem mais amor a Pátria”.Essa frase foi estampada em todos os jornais e todas as revistas, o que aparentemente parecia um jogo de marketing.Provou anos depois, que foi o início de uma grande amizade leal e freqüente dos pilotos oficias da FAB, a ponto de , nos anos seguintes, pousar algumas vezes seu helicóptero na Base Aérea da Santa Cruz, e passar dias inteiros com eles, falando sobre aviões e aeromodelismo.

Senna também mandava vários presentes de forma discreta, um deles foi uma moderna tenda semelhante às usadas na F-1, para substituir um velho palanque de madeira que era usado em solenidades.Ayrton usou um adesivo com o símbolo do 1º Grupo de Aviação de Caça de Santa Cruz no lado esquerdo do capacete durante o GP Brasil daquele ano. E deu por encerradas as experiências supersônicas, mesmo quando anos depois, o piloto de seu jato particular , Owen O’Mahony, com ótimas relações na Royal Air Force, se ofereceu para conseguir para ele, a experiência de voar num dos jatos da Red Arrows, a famosa esquadrilha inglesa.

fonte: PANRotas, Paddock F1

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