REALIZADO VOO DO PRIMEIRO AVIÃO CHINÊS DE MÉDIO CURSO


O Comac C919, primeiro avião comercial de passageiros para o transporte de médio curso (concorrente direto do Airbus A320 e do Boeing 737 no segmento dos aviões até 170 assentos) fez nesta quinta-feira, dia 5 de maio, o seu voo inaugural, que decorreu com sucesso, segundo fontes da construtora e os despachos das agências noticiosas internacionais.
A nova aeronave, da qual a COMAC (Commercial Aircraft Corporation) diz já ter 570 encomendas, a maioria para companhias estatais chinesas, descolou pelas 14h00 locais (07h00 UTC), no Aeroporto de Xangai, onde se situa a fábrica e linha de montagem da construtora que já tem no mercado um avião regional, o ARJ21, jato bimotor, já ao serviço nas rotas domésticas chinesas, desde o ano passado, oito anos depois de ter feito o seu voo inaugural.
O plano de fabrico e de negócios do Comac C919 inicialmente era para voar em 2014 e que as primeiras encomendas fossem entregues em 2016, mas foi sucessivamente adiando devido a problemas com os fabricantes.
O desenvolvimento de um avião comercial para realizar voos em médias distâncias (autonomia até 4.075 quilómetros) e, eventualmente, intercontinentais, desde que com menos peso à descolagem, insere-se nos objetivos de Pequim de transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos setores de alto valor agregado, de acordo com o plano “Made in China 2025”.
O novo avião comercial chinês integra muita tecnologia e partes de concepção e fabrico ocidentais, nomeadamente os motores que são CFM International Leap 1-C [uma joint venture entre a norte-americana General Electric e a francesa Safran Aircraft Engines], os pneus Michelin, os trens de aterragem Liebherr Aerospace e os aviónicos e sistemas de comunicações da Rockwell Collins. Entre os poucos possíveis compradores não chineses que manifestaram interesse no C919, destaca-se a companhia de leasing de aeronaves GE Capital Aviation Services e a companhia aérea tailandesa City Airways.
Bao Pengli, vice-diretor do departamento de gestão de projetos da Comac, afirmou na quinta-feira que a empresa fabricará dois aviões por ano, até 2019, até estar certa de que pode realizar um voo seguro e só depois iniciará produção em série.
fonte/foto/NewsAvia

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