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ACIDENTE COM PILATUS PC6 NO ALENTEJO FOI CAUSADO POR FISSURAS E DESGASTES EM COMPONENTES ESTRUTURAIS






“Foram reportados desgaste e fissuras na fixação do compensador do estabilizador e nos componentes estruturais relevantes nos aviões que realizaram o boletim de serviço emitido pela Pilatus”, refere o relatório preliminar publicado na página da Internet do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).
Uma investigação desencadeada após o acidente, ocorrido a 19 de junho de 2016, depois de a aeronave ter descolado do Aeródromo de Figueira de Cavaleiros, Canhestros, em Beja, com o piloto e sete paraquedistas, “identificou que a instalação ligeiramente assimétrica e/ou condições de operação podem resultar em vibração forte do estabilizador, causando o início de fissuras no acessório de fixação do compensador do estabilizador ou peça de ligação”.
“Esta condição, se não for detetada e corrigida, pode levar a uma falha da peça de ligação ou conexão, possivelmente resultando na desunião da fixação traseira do estabilizador horizontal, com consequente perda de controlo do avião”, sublinha o relatório preliminar.



Na tarde de 19 de Junho de 2016, uma aeronave Pilatus PC-6, operada pela companhia Aero Vip, descolou para a sua 17.ª larga de paraquedistas nesse dia, com oito pessoas a bordo: o piloto, cinco paraquedistas e dois passageiros que saltaram presos a outros dois paraquedistas.
“A aeronave, depois da falha de um componente/sistema, perdeu o controlo em voo e desintegrou-se”, adianta o relatório preliminar do GPIAAF.
“De acordo com alguns dos paraquedistas do grupo, ouviu-se um som semelhante ao de partir/rasgar da estrutura de metal, sendo a aeronave submetida a uma guinada instantânea de nariz em cima e de rotação para o lado direito com grande instabilidade de voo. Subitamente toda a parte traseira da estrutura desintegrou-se”, descreve a investigação.
Do acidente resultou a morte do piloto, de 27 anos e de nacionalidade belga, que, segundo a investigação, não conseguiu acionar o seu paraquedas “e não usava um paraquedas de emergência com um mecanismo automático de abertura barométrica”.
“De acordo com o relato, alguns ocupantes foram projetados contra a estrutura da aeronave antes de serem arremessados para fora. Nos segundos seguintes os paraquedistas que não sofreram lesões graves, conseguiram saltar do avião e acionar os respetivos paraquedas tendo dois deles sofrido lesões graves antes de saírem da aeronave, sendo acionado o paraquedas de emergência de abertura barométrica”, relata o relatório preliminar.
Os fragmentos das partes do avião foram encontrados numa extensão de aproximadamente 1.500 metros, dispersos e numa faixa de cerca de 500 metros.
fonte/foto/sapo.pt

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