NOVA PRESIDENTE DA AEROLÍNEAS ARGENTINAS NASCEU E ESTUDOU NO BRASIL
A imprensa argentina, nomeadamente o jornal ‘El Clarín’, dá como confirmada a nomeação da gestora Isela
Costantini para presidente executiva da Aerolíneas Argentinas.
Isela Costantini nasceu na cidade de São Paulo, Brasil, há 44 anos,
filha de pais argentinos, e é presentemente presidente executiva da
General Motors (GM) na Argentina. É também presidente da Associação
Nacional de Fabricantes de Automóveis, tendo sido indicada para
segundo mandato que só terminará em 2016. Este ano foi ainda eleita
‘Executiva do Ano’ na Argentina.
A nova presidente da companhia aérea argentina é licenciada em
Comunicação pela Universidade Católica Pontifícia do Paraná, Brasil,
estado que faz fronteira com a Argentina e o Paraguai. Mais tarde obteve
o grau de MBA na Universidade Loyola, em Chicago, nos EUA, com a
especialização de Marketing e Negócios Internacionais.
Isela Costantini iniciou a sua carreira profissional na General
Motors do Brasil em 1998 na área de Marketing e Vendas, onde desempenhou
várias funções, entre as quais marketing estratégico, prognóstico de
vendas e gerente de marca. Em 2002 foi transferida para uma fábrica da
GM em Arlington, no Estado do Texas (EUA). Ainda voltou ao Brasil, mas
em 2004 foi nomeada para a área internacional da GM, sendo promovida a
executiva já num patamar superior com funções que abrangiam diversos
mercados desde a América Latina ao Médio Oriente, passando pela África.
Em 2010 regressou à América do Sul e em 2012 foi nomeada para as funções
que ocupa presentemente que lhe conferem a liderança da GM na
Argentina, Paraguai e Uruguai, cargo que é ocupado pela primeira vez por
uma mulher.
A executiva, que tem bastante prestígio nos círculos financeiros e
económicos de Buenos Aires, foi convidada pelo novo Presidente da
República, Maurício Macri, eleito no fim-de-semana, para substituir
Mariano Recalde, que nos últimos anos esteve à frente da companhia aérea
estatal argentina.
Estado meteu 5 BI de dólares na companhia em sete anos
A Aerolíneas Argentinas e a companhia subsidiária Austral (marca que
voa nos percursos regionais e em linhas de menor intensidade de
passageiros com uma frota de aviões de menor capacidade) formam o grupo
aéreo estatal, designado pelo nome da companhia principal, que tem sido
nas últimas décadas um grande problema para os governos argentinos. Por
circunstâncias várias, mas sobretudo pela sua falta de rentabilidade.
Renacionalizada há sete anos a Aerolíneas e a Austral têm sido um
sorvedouro de dinheiros públicos. Estima-se que o Estado Argentino tenha
colocado cerca de cinco mil milhões (bilhões no Brasil) de dólares
norte-americanos, sem que isso tenha levado a uma boa saúde financeira
das duas companhias aéreas. Este ano o Estado já colocou na Aerolíneas
cerca de 550 milhões de dólares, para acudir sobretudo a problemas de
tesouraria.
A confirmar-se a nomeação de Isela Costantini, a nova presidente da
Aerolíneas Argentina, a partir de 10 de dezembro próximo, nasceu e
estudou no Brasil, e, naturalmente, fala português.
fonte /foto/G1
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