PILOTOS DE PROVA TROCAM XAVANTE POR SUPER TUCANO
Memória
Acidente demanda criação de equipe
A investigação do acidente com um helicóptero protótipo Beija-Flor em 11 de julho de 1966 durante um teste resultou em recomendações que impunham "a formação de uma equipe fixa para execução de ensaios em voo, constituída por pilotos, engenheiros e instrumentadores”. A partir daí começou a formação dos especialistas brasileiros.
Aposentado
Carcaça do Xavante é usada para testes
Mesmo depois de aposentado, o Xavante ainda tem serventia para a realização de testes no Ipev em São José. Carcaças das aeronaves são empregadas para ensaios em solo, com testes com armamento, por exemplo. O Ipev mantém três carcaças de Xavantes. Foram fabricadas 182 unidades deste avião pela Embraer, das quais 166 para a FAB.
Projeto FX-2
Acordo deve ter início no 2º trimestre
Na publicação dos resultados de janeiro a março de 2015, a empresa de defesa e segurança Saab informou que aguarda para o segundo trimestre do ano o início do acordo firmado com o governo brasileiro, pelo qual serão produzidas 36 unidades do Gripen NG para a FAB. O contrato, assinado em outubro passado, foi fechado por US$ 5,4 bilhões.
Avião chega a dar rasantes a 500 km/h
Entre as missões realizadas pelos pilotos e engenheiros de prova do Ipev, os voos de calibração anemométrica eram os que mais geravam polêmica em São José dos Campos em função dos rasantes com o barulhento Xavante.
Isto agora acabou com o Supertucano, conhecido no meio militar como A-29 e bem mais “comportado” que o seu colega de origem italiana.
Rasantes. Neste ensaio, o avião faz uma sequência de passagens sobre a pista a uma mesma altitude. As passagens são captadas por câmeras e sensores.
Por meio de um canal tático, o piloto se comunica com o engenheiro de prova.
Dados da aeronave são coletados e transmitidos à estação de telemetria. Nesta sala, os engenheiros analisam os dados e validam o ensaio em tempo real.
Entre pilotos, técnicos e engenheiros, cerca de 10 pessoas participam dos testes.
“São dezenas de parâmetros de ensaio. A telemetria em tempo real permite a economia de horas de voo”, disse o major Diogo Silva Castilho, 35 anos.
O VALE esteve no Ipev na última quinta-feira e teve permissão para acompanhar parte dos testes. As passagens do avião foram realizadas no sentido da cabeceira 33 para a cabeceira 15, em direção ao centro da cidade. Dentro da sala de telemetria, silêncio total para ouvir a comunicação e a validação dos dados enviados. Em sete telas diferentes era possível observar os parâmetros, como altitude e velocidade da aeronave.
Em cada passagem, o piloto variava a velocidade e chegou a atingir 500 km/h.
“Ele chega a atingir 260 nós no seu máximo”, disse o tenente João Vitor Zanette, 28 anos, engenheiro de prova..
fonte/foto/OVale
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