EMBRAER QUER PRODUZIR NOVOS JATOS E2 EM ÉVORA COM FUNDOS COMUNITÁRIOS

Frederico Fleury Curado, presidente executivo da Embraer
Frederico Fleury Curado, presidente executivo da Embraer /  Getty

A empresa brasileira Embraer, que controla a portuguesa OGMA e tem já duas fábricas de componentes de aviação em Évora, manifestou ao Governo português a sua vontade de reforçar o investimento em Portugal, para poder produzir em Évora os seus novos jatos E2, mas para tal pretende ver aprovada a sua candidatura aos fundos comunitários através do programa Portugal 2020.
"Já desenvolvemos os protótipos dos novos E-Jets, a série E2, em Évora e estamos a discutir com o Governo português, no âmbito do Portugal 2020, que se faça em Évora a fabricação dos aviões", revelou ao "Diário Económico" o presidente executivo da Embraer, Frederico Fleury Curado. 
O gestor da empresa brasileira nota que a obtenção de fundos comunitários para apoiar o investimento em Évora é "um dos pontos importantes para a decisão". Já na construção das suas atuais instalações na cidade alentejana a Embraer contou com financiamento do anterior quadro de apoios da União Europeia. 
Frederico Curado espera, segundo frisou em entrevista ao "Diário Económico", que o processo de avaliação da candidatura da Embraer seja célere. "Não podemos esperar até 2020. Nos próximos 12 meses gostaríamos de ter uma decisão, porque precisamos de definir onde vamos fixar a produção dos componentes", referiu o mesmo responsável.
Em dezembro de 2014 o presidente da Embraer já tinha admitido o interesse em Portugal como base para o projeto dos E2 . "Daqui a um ano vamos ter de decidir onde fabricar alguns componentes e Évora surge como uma das opções", afirmou Frederico Curado. 
Em Évora, onde investiu 180 milhões de euros, a Embraer já produz vários componentes do cargueiro militar KC390. Parte deste avião é também fabricada nas instalações de Alverca da OGMA, que a Embraer controla a 75%. 
O presidente da empresa brasileira assegura que o compromisso da Embraer com Portugal é de "longo prazo". "Achamos que as fábricas de Évora e a OGMA são um ponto impotante do nosso tecido industrial. A nossa presença em Portugal é de longo prazo, não foi apenas uma questão de oportunidade", realçou Frederico Curado. 
fonte/foto/Sapo.pt/kety


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