INAC DA VENEZUELA SUSPENDE TEMPORARIAMENTE 10 COMPANHIAS AÉREAS
O
Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) de Venezuela aplicou
penas de suspensão temporária à atividade de dez companhias aéreas que
operam no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetia, no Estado
Vargas, principal estrutura aeroportuária do País, situado a cerca de
30 quilometros da cidade de Caracas.
Desde o final do mês de
Outubro que os inspectores do INAC realizaram uma série de diligências
no Terminal Aéreo de Maiquetia, com o objectivo de melhorar a qualidade
de atenção aos passageiros e de serviço das empresas de transporte
aéreo.
Estes procedimentos levaram à suspensão da atividade de
nove empresas aéreas venezuelanas, entre elas as estatais Conviasa e
Aeropostal, cuja venda de bilhetes foi suspensa por falta de afixação
dos preços e das condições de viagem em local de visibilidade pública.
Outras duas companhias de capital privado, a Aerotuy e a Aserca
Airlines, também foram suspensas pelas mesmas razões.
No terminal
internacional os inspectores do INAC/Venezuela suspenderam
temporariamente a venda de bilhetes nos balcões do Aeroporto de cinco
companhias aéreas: Aeroméxico, Aerolíneas Argentinas, Avianca-Taca, Tame
e Santa Bárbara Airlines (SBA). Foram ainda fiscalizados os balcões das
companhias estrangeiras: Iberia, Delta Airlines, American Airlines e
Insel Air, sem que fosse detetado qualquer informalidade. No lado
nacional a companhia Laser Airlines também passou no teste dos
inspetores.
Na sexta-feira passada foi noticiado que as estatais
Conviasa e Aeropostal já tinham resolvido os seus problemas e que tinham
sido autorizados a voltar a emitir bilhetes, o mesmo acontecendo com a
Avianca-Taca que voa de diversos países latino-americanos para Caracas.
Estelar Latinoamérica suspensa até final deste ano
Contudo,
na sexta-feira verificou-se o caso mais grave desta onda de inspecções
do INAC em Caracas: foi decidido suspender com efeitos imediatos toda a
atividade da companhia aérea venezuelana Estelar Latinoamérica, que se
dedica às ligações domésticas no interior do País.
Segundo o INAC
foi encontrado “um conjunto de debilidades nos seus processos de
manutenção das aeronaves que comprometia a capacidade operacional e a
segurança dos passageiros” que viajavam na companhia. A autoridade
nacional de segurança aeronáutica venezuelana optou pela retirada
imediata do Certificado de Operador Aéreo (COA) até final de Dezembro,
data em que o INAC voltará à empresa para verificar se foi cumprido um
novo plano de manutenção, o qual a Estelar deve apresentar até amanhã,
segunda-feira, dia 10 de Novembro.
A Estelar
distribuiu no dia de hoje um comunicado, simultâneo nas suas lojas de
aeroportos e no seu sítio na Internet, em que lamenta o sucedido e se
disponibiliza para devolver o dinheiro das viagens já compradas que
seriam realizadas no nos dois meses que faltam para acabar o ano.
Entretanto está suspensa a venda de bilhetes.
O INAC/Venezuela diz
que continuará a proceder a estas inspeções em aeroportos e empresas
de outras províncias do País ou estrangeiras que voem para Venezuela,
que não só no Distrito Capital. O objetivo acentua a instituição, “é
avaliar o bom comportamento dos aeroportos e das companhias aéreas e a
sua prestação de serviço, de acordo com a legislação em vigor no País”.
A
companhia ‘Estelar Latinoamérica’ tinha COA desde 2009. Foi criada por
um grupo de investidores venezuelanos e tem atualmente uma frota antiga
constituída por quatro aviões Boeing 737, três da versão 200 (com entre
26 e 31 anos de serviço) e outro da versão 300 (com 27 anos de
atividade), segundo a ‘Airfleets.com’.
fonte/foto/NewsAvia
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