ANAC CRIA PROGRAMA PARA ESTIMULAR INDUSTRIA DE AVIÕES DE PEQUENO PORTE
Empresas brasileiras fabricantes de
aviões de pequeno porte já podem solicitar à Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) adesão ao iBR2020, o Programa de Fomento à Certificação
de Projetos de Aviões de Pequeno Porte.
A iniciativa, publicada no Diário Oficial
da União de 7 de novembro, tem o objetivo de estimular a indústria
aeronáutica nacional a desenvolver projetos mais adequados a padrões
técnicos internacionais de segurança para facilitar a certificação dos
modelos.
Conforme a Anac, o programa atende a uma
demanda das empresas do segmento que enfrentavam dificuldades para
migrar do desenvolvimento de modelos experimentais para a aviação de
tipo certificado. Entre os problemas apontados estavam os custos e a
carência de profissionais com conhecimento na área, em razão do alto
nível de especialização necessário.
O iBR2020 foi desenvolvido pela área
técnica da Agência em parceria com a Abrafal (Associação Brasileira de
Fabricantes de Aeronaves Leves).
Internacionalmente, há um movimento
liderado pela FAA (Federal Aviation Administration, órgão do governo dos
Estados Unidos responsável pelos regulamentos da aviação civil) e pela
EASA (European Aviation Safety Agency, agência da União Européia
responsável pelos regulamentos da aviação civil) com o objetivo de
reduzir os custos de Certificação de Tipo e aumentar a segurança de voo
das aeronaves de pequeno porte.
Programa terá duração até 2020
“O programa deverá amadurecer o conhecimento em certificação de projeto de aeronaves no Brasil por meio da aquisição de conhecimentos estratégicos, que auxiliarão no surgimento de projetos mais viáveis do ponto de vista de certificação”, explicou a Anac em nota. Isso deve reduzir custos decorrentes de retrabalhos como a correção do projeto, a repetição de um ensaio ou um melhor planejamento dos recursos.
“O programa deverá amadurecer o conhecimento em certificação de projeto de aeronaves no Brasil por meio da aquisição de conhecimentos estratégicos, que auxiliarão no surgimento de projetos mais viáveis do ponto de vista de certificação”, explicou a Anac em nota. Isso deve reduzir custos decorrentes de retrabalhos como a correção do projeto, a repetição de um ensaio ou um melhor planejamento dos recursos.
A iniciativa será desenvolvida até
2020 em duas fases: na primeira, o objetivo é que a empresa desenvolva,
ensaie e amadureça o seu projeto de avião de forma a obter um
aprendizado gradual sobre o processo de Certificação de Tipo; a segunda
consiste na homologação da aeronave, que deverá ocorrer por meio do
procedimento convencional de certificação de produtos aeronáuticos.
Foi estabelecido um cronograma com
tarefas e ensaios que deverá ser seguido pelas participantes e
demonstrados semestralmente à Anac. Os prazos vão de 2015 a 2020. Caso
contrário, a empresa será suspensa do programa e perderá o direito de
usufruir da contrapartida oferecida. Essa contrapartida tem o objetivo
de permitir o fluxo de caixa necessário ao fabricante para o
investimento na Certificação de Tipo e nas tarefas do programa.
Podem participar empresas que fabriquem
aeronaves com os seguintes requisitos: avião monomotor a pistão, com
peso máximo de decolagem entre 751 e 1750 kgf (quilogramas-força),
velocidade de estol menor ou igual a 61 nós, capacidade de ocupação de 2
a 5 lugares, incluindo o piloto e cabine não pressurizada.
A Certificação de Tipo de aviões de
pequeno porte, decorrente de uma iniciativa do programa iBR2020, se
insere nesse macro contexto na medida em que incentiva a migração da
indústria de aviação experimental para a aviação de tipo certificado.
fonte/CNT
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