SUSPENSÃO DO FUNDO AERUS PROVOCA PROTESTO NO SALGADO FILHO



Suspensão do fundo Aerus provoca protesto no Salgado Filho  Félix Zucco/Agencia RBS
Uma marcha foi realizada como protesto pela situação da aviação civil no país Foto: Félix Zucco / Agencia RBS
 
Cerca de 200 pessoas participaram de uma manifestação no Aeroporto Salgado Filho na tarde desta quinta-feira. Os participantes eram aposentados, parentes e ex-funcionários da Varig, que faliu e foi leiloada em 2006. Com faixas, bumbos e apitos, o grupo protestava contra decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) que negou indenização pela União para os integrantes do fundo de previdência complementar Aerus. 

A preocupação dos dependentes do Aerus vem do fato de que há recursos disponíveis por poucos meses. Cerca de 8 mil ex-funcionários integram o plano Varig 1, o mais ameaçado de falta de fundos. Um grupo chegou a acampar na sede do Aerus, no Rio, para pressionar por mais recursos. Segundo o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil, Celso Klafke, o protesto faz parte de ações que estão ocorrendo em aeroportos do país.
— Ficamos satisfeitos com a adesão. É preciso respeitar as pessoas que estão aqui, pois a maioria é de idosos. Ninguém está pedindo favor. Todos contribuíram e, agora, querem receber o que têm direito — disse.

Após discursos contra o presidente do STF, Joaquim Barbosa, o grupo fez um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente aéreo do voo 3054 da TAM, em julho de 2007. Uma marcha foi realizada como protesto pela situação da aviação civil no país. Embora estivessem do lado de dentro do saguão, os manifestantes não provocaram tumulto no atendimento aos passageiros no Salgado Filho, apenas suscitaram olhares curiosos. 

Entre os participantes estava José Valdoir Vargas, que trabalhou 35 anos como engenheiro de voo na Varig. Vestindo a camiseta da empresa, era um dos mais emocionados com a manifestação. O aposentado foi um dos fundadores do Aerus e garante que o fundo de pensão era um sonho para os funcionários da empresa.
— Nunca imaginei que na velhice eu estaria sujeito a isso. É uma decepção. Onde eu vou, a camiseta vai comigo. São dois corações que eu tenho — afirmou Vargas, que passou por uma cirurgia cardíaca há poucos meses.

fonte/ZeroHora

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