AVIÃO QUE FECHOU VIRACOPOS POR 45 HORAS É REBOCADO PARA O TERMINAL DE CARGAS
O avião de cargas da companhia americana Centurion Cargo, que bloqueou por 45 horas a pista do Aeroporto Internacional de Viracopos,
em Campinas (SP), foi retirado da área de taxiamento de aeronaves para o
terminal de cargas na madrugada desta sexta-feira (19). O reboque do
MD-11 foi feito depois da manutenção do trem de pouso do cargueiro, que
estava quebrado desde a aterrissagem na noite de sábado (13), quando um
dos pneus estourou. O incidente fechou para pousos e decolagens a única
pista de Viracopos por 45 horas e resultou no cancelamento de 495 voos
no período.
Na tarde de segunda-feira (15), o cargueiro foi removido para a
cabeceira da pista e as operações retomadas. Os reparos no trem de pouso
começaram na terça-feira (16) para que a aeronave fosse rebocada. O trabalho de remoção do avião começou a zero hora desta sexta-feira para não atrapalhar as operações do aeroporto e durou cerca de uma hora e meia.
De acordo com a Centurion Cargo, o cargueiro ficará em um hangar e
passará por manutenção e análise dos dados na estrutura da aeronave. Os
técnicos da empresa vão avaliar se o avião será colocado em operação
novamente ou se um novo será comprado.
Com a previsão de movimento de 14 milhões de passageiros por ano até
maio de 2014 no Aeroporto de Viracopos, a concessionária Aeroportos
Brasil, que substituirá a Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (Infraero) na administração do terminal a partir de
fevereiro de 2013, avalia a possibilidade de adquirir um equipamento conhecido como recovery kit, adequado para remoção de aviões de grande porte quebrados da pista do terminal.
Este conjunto de ferramentas usado na retirada de aeronaves de grande
porte custa R$ 2 milhões e pesa 25 toneladas. Ele é composto por
colchões de ar, macacos hidráulicos, compressores e cintas com aço
capazes de levantar até 200 toneladas.
O Código Brasileiro de Aeronáutica estabelece que, se por algum
problema, um avião bloquear a pista, é a empresa aérea que tem que fazer
a retirada da aeronave. Se a companhia não apresentar recursos técnicos
ou se não providenciar a retirada rapidamente o código diz que é a
operadora do aeroporto que tem que fazer a remoção. Em Viracopos, é a INFRAERO a responsável pela operação, mas a estatal não tem nenhum equipamento de retirada de aviões de grande porte.
O equipamento usado para remover o cargueiro da Centurion precisou ser
alugado da TAM. O recovery kit estava em São Paulo (SP) e foi levado
para Campinas
no domingo (14). Segundo a Infraero, o avião não poderia ser removido
imediatamente, em Viracopos, porque, antes, era preciso retirar a carga,
erguer o motor e remover o avião sem danificar a pista.
Somente em fevereiro de 2013
Após vencer a concorrência para administrar o aeroporto de Campinas, a concessionária Aeroportos Brasil está em fase de transição de administração com a Infraero. Desde agosto, ela acompanha os trabalhos da estatal para se familiarizar com todos os processos do aeroporto para assumir sua operação. A partir do dia 14 de novembro, a concessionária assume a administração, mas ainda com a supervisão da Infraero por prazo de 90 dias.
Após vencer a concorrência para administrar o aeroporto de Campinas, a concessionária Aeroportos Brasil está em fase de transição de administração com a Infraero. Desde agosto, ela acompanha os trabalhos da estatal para se familiarizar com todos os processos do aeroporto para assumir sua operação. A partir do dia 14 de novembro, a concessionária assume a administração, mas ainda com a supervisão da Infraero por prazo de 90 dias.
A partir da primeira quinzena de fevereiro de 2013, a Aeroportos Brasil
passa a administrar exclusivamente o terminal. A possibilidade de
aquisição do recovery kit faz parte do pacote de medidas de segurança que serão implantadas na primeira etapa de melhorias.
Prejuízo de R$ 20 milhões
A Azul Linhas Aéreas calcula que o prejuízo da empresa com o incidente em Viracopos é de cerca de R$ 20 milhões.
A companhia é responsável por 85% das operações domésticas no
aeroporto. Em nota, a empresa disse que, além dos valores, "existem
perdas imensuráveis, como a experiência vivida pelos passageiros e o
impacto à marca". A companhia falou que lamenta os transtornos causados e
informou que "ainda está dimensionando a extensão dos danos causados
aos seus clientes e à companhia".
fonte/G1
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