PILOTO BRASILEIRO QUE BUSCA RECORDE EM MONOMOTOR DIZ QUE ENFRENTA "BUROCRACIA RUSSA PARA SEGUIR VIAGEM


A Rússia é o último país do trajeto antes de Toledo começar a retornar para o Brasil

  • A Rússia é o último país do trajeto antes de Toledo começar a retornar para o Brasil
Depois de partir de Campinas (94 km de São Paulo) no último dia 3 de julho e ter passado por Estados Unidos, Canadá, Groenlândia, Islândia, Escócia, Inglaterra e França, o piloto brasileiro Walter Toledo, 20, está desde o último dia 18 com seu monomotor no solo de Berlim (Alemanha) sem poder decolar para a Rússia, próximo destino da expedição “Brasil Voando Alto”.

Toledo impôs-se a missão de se tornar o piloto mais jovem a dar a volta ao mundo a bordo de um monomotor. Segundo informou ao UOL por e-mail, ele disse que a burocracia russa barrou a entrada da aeronave no país porque a Rússia só permite uso querosene de aviação, e o monomotor da expedição precisa de gasolina de aviação.

Burocracia na Rússia

  • Arquivo pessoal Toledo precisa de gasolina de aviação
Sabendo disso, durante o planejamento da viagem, a equipe da expedição fechou acordo com uma empresa russa para acertar todos os trâmites da viagem, inclusive a questão da entrega do combustível nos aeroportos onde o monomotor faria escalas de abastecimento, mas essa empresa desistiu do acordo na última hora para não contrariar as regras do país.

“Na Rússia existe uma lei que proíbe que os aeroportos recebam essa gasolina porque eles não são autorizados a abastecer com gasolina. Essa empresa nos ajudaria com os trâmites legais e com o combustível. Agora, a famosa burocracia russa faz seu papel”, informou piloto.  

Mesmo assim, Toledo disse que não pretende desistir. “O plano é apelar para a Embaixada brasileira para que consiga uma autorização especial para que entreguem o combustível de que precisamos. Juro que não queria virar as costas e voltar, depois de tanto tempo, esforço e dinheiro investidos. Vamos batalhar até o fim.”

Mau tempo

De acordo com ele, antes dos problemas na Rússia, o trecho mais difícil da viagem foi do Canadá até a Escócia, pois partindo do aeroporto de Goose Bay em direção à Groenlândia, todo o trajeto é percorrido sobre o mar e geleiras. Outra dificuldade na região foi a mudança constante das condições meteorológicas.

Sobre a receptividade da expedição em terras distantes, Toledo disse que se surpreendeu com a organização dos aeroportos, mesmo nos menores e mais distantes dos grandes centros, e também com a recepção amigável das autoridades locais. “Todos ficaram animados com o nosso projeto e surpresos por um brasileiro ter essa iniciativa. Ficou claro durante as nossas conversas o respeito e a admiração deles pelo Brasil.”

Monomotor

A aeronave utilizada na expedição é um monomotor fabricado pela Piper, com motor de 350 hp biturbo, não pressurizado, com alcance de 1.300 milhas náuticas (2.400 km), altitude máxima de voo de 25 mil pés (cera de 7.600 metros) e capacidade para seis pessoas. O consumo é de 72 litros por hora em voo de cruzeiro.
 
Desde o início, Toledo conta com o apoio de uma equipe de dez pessoas para elaborar o projeto, definir o roteiro e os detalhes da viagem. Entre elas, Fernando Bonini, que trabalhou com Amyr Klink, conhecido como um dos maiores aventureiros do Brasil e que hoje tem uma empresa que elabora projetos especiais. Bonini foi para a Alemanha ajudar nas negociações. 


fonte/foto/UOL

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