SIMULADOR DE VOO DISPONÍVEL EM PORTO ALEGRE REPRODUZ SENSAÇÕES SEMELHANTES ÀS DO MANCHE DE AVIÕES






 No tempo do seu avô era preciso coragem para aprender a voar. O sujeito entrava na aeronave, memorizava os instrumentos e saía pilotando, acompanhado do instrutor. Já no tempo do seu pai a situação ficou um pouco mais fácil, porque inventaram simuladores — máquinas ainda precárias, sem qualquer tipo de visão, nas quais o aluno aprendia os controles básicos e “pilotava” às cegas. Depois vieram simuladores dotados de tela frontal, já com visão elaborada da paisagem. E agora chegou a Porto Alegre uma máquina de terceira geração, tão perfeita e tão maleável que o sujeito fica tenso, sua e até enjoa ao testar suas habilidades.

O Redbird, totalmente computadorizado e com programas da Microsoft, é o primeiro do gênero para aprendizes de piloto no Brasil e está à disposição de alunos do Aeroclube do Rio Grande do Sul, no bairro Belém Novo, na Capital. Existem outros aparelhos de última geração no país, mas são usados por companhias aéreas para treinar pilotos de jato. O Redbird é para quem nunca pilotou um avião.

A primeira grande diferença em relação a equipamentos anteriores é o ângulo de visão, de 200º (para frente e para os lados). Os simuladores, até então, tinham apenas 60º de ângulo visual (permitiam só enxergar à frente).


A segunda vantagem é a suspensão, que permite sentir no corpo todas as curvas, subidas e descidas projetadas no computador. É possível simular voo noturno (por instrumentos), trocar os comandos de monomotor para bimotor e ver na tela pistas de aeroportos importantes do planeta.

— Aprender no simulador e só depois praticar no avião é a tendência — acrescenta Henri Chazan, advogado e piloto privado que implantou o Redbird no aeroclube de Belém Novo, a um custo de R$ 200 mil.


As horas/aula do simulador contam para o currículo de quem quer se formar piloto e são mais baratas: R$ 150, enquanto a hora mais simples num avião monomotor verdadeiro é R$ 350 (ou R$ 500, se for por instrumentos).

"Tomei um suador"
O equipamento tem até uma chave de verdade. Você coloca-a na ignição, gira, aperta o botão de partida e um zumbido suave de motor invade a cabine. Antes, lições básicas: os dois pedais servem para frear e também virar à esquerda e à direita. O manche é para inclinar a aeronave para baixo ou para cima, além de ajudar a guinar para os lados. As manetes são os aceleradores. Como meu pai foi piloto, eu já conhecia um pouco do assunto.

 Assim que decolo, a poltrona se inclina para trás, imitando os movimentos do avião. Guino para a esquerda para dar uma volta sobre o Aeroporto Salgado Filho (na realidade, uma imitação perfeita dele, nas telas) e a poltrona se inclina na mesma direção. Legal. Minha pulsação acelera. Aí o instrutor Chazan pega os controles e começa a brincar. Faz um tunneau (simula um avião de cabeça para baixo), sinto tontura. É muito realista! Recordo dos voos com amigos do pai, que se divertiam em fazer as crianças enjoarem. O instrutor recomenda o pouso, mas estou passando a pista. Inclino a asa, que bate no solo. Uma explosão aparece na tela. “Espatifei” o avião. Fico desolado.

— Decola de novo, bola para a frente — incentiva Chazan.

Alço voo, faço uma curva e pouso na pista, desta vez com suavidade. Levo-o até o hangar, desligo o motor e tiro o cinto. Só então noto que tomei um suador, que escorre pelas costas.

fonte/ZeroHora/vídeo/Divulgação
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Comentários

MARTINS disse…
"O Redbird, totalmente computadorizado e com programas da Microsoft, é o primeiro do gênero para aprendizes de piloto no Brasil e está à disposição de alunos do Aeroclube do Rio Grande do Sul, no bairro Belém Novo, na Capital."

http://www.pilotocomercial.com.br/entidades/noticias.aspx?newsid=1690&entid=168

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