VOO INTERNACIONAL NO SALGADO FILHO COLOCA O RIO GRANDE DO SUL NA ROTA DO TRÁFICO INTERNACIONAL
Com três voos diretos para Portugal por semana, o Aeroporto Internacional Salgado Filho despertou a atenção de uma quadrilha de traficantes sediada na Espanha.
A prisão na sexta-feira do terceiro estrangeiro com drogas – o segundo espanhol – em apenas 51 dias pela Polícia Federal revela detalhes de como agem os traficantes internacionais.
Enrolados em lençóis e protegidos por dois invólucros plásticos herméticos de cor preta, os 2,8 quilos de pasta base de cocaína apreendidos na quinta-feira à noite na mala de um comerciário espanhol de 55 anos tinham como destino a Europa. Mais especificamente, a Espanha, onde o homem flagrado foi recrutado.
A técnica usada para tentar driblar os agentes da PF no setor de Imigração foi a mesma usada por um compatriota de 48 anos, preso com sete quilos da droga no dia 2 de fevereiro.
Antes de chegarem a Porto Alegre, ambos seguiram roteiro semelhante: embarcaram na Europa rumo a Lima, no Peru, país onde buscaram a droga. Depois seguiram por via terrestre até o sul do Brasil.
Pela empreitada criminosa, cada um receberia 3 mil euros, cerca de R$ 7,2 mil. Desmascarados durante a entrevista antes do embarque, os dois espanhóis dividem agora a mesma galeria no Presídio Central, destinada a presos estrangeiros, policiais e detentos com nível superior.
Percurso por terra do Acre ao Rio Grande do Sul
A prisão dos dois pode ser decisiva para a PF desbaratar a rede que colocou Porto Alegre como o entreposto mais importante em uma rota de tráfico internacional encarregada de levar pasta base de cocaína do Peru para a Espanha.
Nomes dos recrutadores, assim como os contatos dos traficantes nos países andinos entregues em depoimento, devem ajudar a PF gaúcha a mapear com detalhes o caminho da droga até o Estado.
Os policiais já descobriram que, em território nacional, a viagem do Norte até Porto Alegre é por via terrestre para reduzir o número de check ins. Cauteloso, o superintendente da PF no Estado, Rosalvo Ferreira Franco, afirma que as evidências apontam para a ação de um mesmo grupo:
— Estamos investigando, mas há coisas, como o jeito de embalar a droga, que são característicos.
A relação entre os casos dos espanhóis e a prisão, no dia 4 de fevereiro, de uma mulher de 40 anos natural da Lituânia também no aeroporto de Porto Alegre, está sendo apurada. Com ela, os agentes encontraram 6,8 quilos de cocaína. Ela está recolhida na Penitenciária Feminina Madre Pelletier.
— Com um voo direto, Porto Alegre passa a chamar a atenção desses grupos. Por isso nossa atenção foi redobrada no Salgado Filho.
A prisão na sexta-feira do terceiro estrangeiro com drogas – o segundo espanhol – em apenas 51 dias pela Polícia Federal revela detalhes de como agem os traficantes internacionais.
Enrolados em lençóis e protegidos por dois invólucros plásticos herméticos de cor preta, os 2,8 quilos de pasta base de cocaína apreendidos na quinta-feira à noite na mala de um comerciário espanhol de 55 anos tinham como destino a Europa. Mais especificamente, a Espanha, onde o homem flagrado foi recrutado.
A técnica usada para tentar driblar os agentes da PF no setor de Imigração foi a mesma usada por um compatriota de 48 anos, preso com sete quilos da droga no dia 2 de fevereiro.
Antes de chegarem a Porto Alegre, ambos seguiram roteiro semelhante: embarcaram na Europa rumo a Lima, no Peru, país onde buscaram a droga. Depois seguiram por via terrestre até o sul do Brasil.
Pela empreitada criminosa, cada um receberia 3 mil euros, cerca de R$ 7,2 mil. Desmascarados durante a entrevista antes do embarque, os dois espanhóis dividem agora a mesma galeria no Presídio Central, destinada a presos estrangeiros, policiais e detentos com nível superior.
Percurso por terra do Acre ao Rio Grande do Sul
A prisão dos dois pode ser decisiva para a PF desbaratar a rede que colocou Porto Alegre como o entreposto mais importante em uma rota de tráfico internacional encarregada de levar pasta base de cocaína do Peru para a Espanha.
Nomes dos recrutadores, assim como os contatos dos traficantes nos países andinos entregues em depoimento, devem ajudar a PF gaúcha a mapear com detalhes o caminho da droga até o Estado.
Os policiais já descobriram que, em território nacional, a viagem do Norte até Porto Alegre é por via terrestre para reduzir o número de check ins. Cauteloso, o superintendente da PF no Estado, Rosalvo Ferreira Franco, afirma que as evidências apontam para a ação de um mesmo grupo:
— Estamos investigando, mas há coisas, como o jeito de embalar a droga, que são característicos.
A relação entre os casos dos espanhóis e a prisão, no dia 4 de fevereiro, de uma mulher de 40 anos natural da Lituânia também no aeroporto de Porto Alegre, está sendo apurada. Com ela, os agentes encontraram 6,8 quilos de cocaína. Ela está recolhida na Penitenciária Feminina Madre Pelletier.
— Com um voo direto, Porto Alegre passa a chamar a atenção desses grupos. Por isso nossa atenção foi redobrada no Salgado Filho.
fonte/ZeroHora
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