PRESIDENTE DA AIRBUS ADMITE "ERRO" MAS DIZ QUE A380 É SEGURO
O presidente da Airbus ordenou uma investigação interna sobre como a companhia permitiu o surgimento de rachaduras nas asas do A380, agindo após semanas de publicidade negativa para o maior avião de passageiros do mundo. O presidente-executivo Tom Enders reiterou que o superjumbo é seguro e que engenheiros repararam finas rachaduras nas asas do modelo. Ele afirmou ainda que quer evitar que as preocupações se espalhem para o futuro jato A350.
"Cometemos um pequeno erro aqui e o estamos reparando o mais rápido possível", disse Enders a jornalistas durante a feira de aviação de Cingapura, nesta quarta-feira. "Este avião é absolutamente seguro", acrescentou. "Estamos aprendendo com isso. Com certeza. Estamos levando as lições do programa do A380 para o programa do A350", garantiu o executivo, referindo-se ao próximo projeto da companhia, um avião de médio porte projetado para competir com o Boeing 787 Dreamliner.
"Temos uma investigação em andamento sobre como pudemos cometer esses erros, para eradicar as fontes destes equívocos", acrescentou. Uma série de revelações sobre as rachaduras, que a Airbus e autoridades afirmam que não afetam componentes cruciais para a segurança, constrangeu a fabricante e colocou uma sombra sobre a indicação de Enders para dirigir a controladora da Airbus, a EADS, a partir de junho.
A Airbus afirmou que uma combinação de problemas de design e manufatura colocou muito estresse em alguns dos 2 mil suportes que fixam o exterior de cada asa à estrutura interna. Enders não quis comentar uma notícia da imprensa alemã de que os erros custarão à Airbus 100 milhões de euros (US$ 131,3 milhões) para serem reparados.
O processo de reparo implica em tirar de circulação o avião de 525 lugares por vários dias, algo que a Airbus terá que compensar as companhias aéreas clientes. A frota de A380 em serviço é de 69 unidades. Uma autoridade sênior do setor disse que o custo do reparo é uma questão secundária. "A Airbus vai fazer isso direito. Não é questão de dinheiro. Trata-se de uma questão de credibilidade e confiança."
fonte/Reuters/Terra
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