GOL ANUNCIA PREJUÍZO E MEDIDAS PARA CORTAR OS CUSTOS


Um dia depois do anúncio de lucro de R$ 60 milhões pela Tam no segundo semestre do ano, a Gol anunciou prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no mesmo período.


No ano passado o resultado também havia sido negativo no mesmo trimestre, com R$ 51,9 milhões de prejuízo, e no primeiro trimestre de 2011 a empresa presidida por Constantino de Oliveira Jr. teve lucro de R$ 110,5 milhões. 

A apresentação dos resultados ao mercado (WWW.voegol.com.br/ri) cpomeça com uma análise de Constantino Jr., culpando principalmente os custos com combustível e as tarifas de pouso, além da alta competitividade devido ao aumento de oferta na aviação brasileira. 

“No dia 28 de julho de 2011, a companhia anunciou a revisão de suas projeções financeiras para o ano 2011, tendo em vista a manutenção ao longo de todo o segundo trimestre, de um cenário competitivo onde um aumento excessivo de oferta no mercado brasileiro provocou redução no preço das tarifas. Com a perspectiva da permanência do custo de combustível em patamares elevados, e considerando que no segundo trimestre alguns custos ficaram acima da expectativa, a Gol está implementando um plano de ação de reduções adicionais de custos, com foco nos custos ex-combustível”, disse ele. 

A Gol também anunciou receita líquida de R$1,6 bilhão no 2T11, queda de 1,5% diante dos R$1,59 bilhão no 2T10 e 17,4% diante dos R$1,9 bilhão do 1T11.O Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing) ficou negativo em R$ 67,6 milhões, frente os R$ 274,2 milhões no segundo trimestre de 2010 e R$ 411,5 milhões entre janeiro e março deste ano.

Diante do resultado negativo e das perspectivas de que o custo com combustível continuará alto, o presidente da Gol anunciou medidas para cortes de custos. São elas:

1 - Implementação de uma nova grade de serviços à bordo, que inclui a ampliação dos serviços de venda à bordo e maior padronização dos serviços atualmente existentes; 

2 - Aumento da eficiência das tripulações técnica e comercial, pelo aumento da utilização da frota, e também pela readequação das tripulações de acordo com o capacidade das aeronaves; 

3 - Redução significativa das despesas referentes à devolução de aeronaves B767s, que não fazem parte da operação central (“core”). Ao final de 2011, a companhia ainda terá três aeronaves para devolução, mas com a sua situação econômica equacionada; 

4 - Redução de despesas correntes de manutenção pela efetividade total em 2012 das medidas tomadas ao longo de 2011, em especial decorrentes do acordo de manutenção com a Delta Tec Ops; 

5 - Economias adicionais de combustível como resultado de investimentos em tecnologia nas aeronaves a serem recebidas daqui para frente, em especial novas turbinas mais eficientes em cerca de 2% do consumo. 

Após a implantação de todas as iniciativas em curso, estima-se uma redução de cerca de R$ 650 milhões de despesas.

fonte/PanRotas

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