TAXI AÉREO AINDA DESAPARECIDO




Familiares dos passageiros do avião Sêneca II, prefixo PP-EJB, de propriedade da empresa WEJ Táxi Aéreo, que desapareceu na última quinta-feira, no município de Oriximiná, procuraram a 16ª Seccional da Polícia Civil de Santarém, na manhã de ontem, para acompanhar as investigações. O avião partiu do aeroporto de Oriximiná transportando quatro pessoas com destino a uma reserva indígena na fronteira com o Suriname. No retorno, ele desapareceu.

O trabalhador João Guimarães, pai do passageiro Jocenildo Campos Cardoso, conta que o avião saiu de Oriximiná em direção à reserva indígena Cuxaré, onde um grupo de biólogos faria uma pesquisa sobre as águas da aldeia.

Segundo João, como o piloto temia ficar só na aeronave depois que os biólogos iniciassem a pesquisa, convidou Jocenildo para acompanhá-lo no voo.

De acordo com João Guimarães, o piloto Francisco Miranda pediu autorização do gerente da WEJ para que Jocenildo lhe acompanhasse na viagem e recebeu o aval da empresa para levar o passageiro. João afirma que o último contato que a família teve com Jocenildo foi por volta das 14h de quinta-feira passada, quando o avião ainda estava no aeroporto de Oriximiná. “Aí não tivemos mais notícias, porque iam voltar sábado e não retornaram. No domingo pedimos para a Infraero agilizar as buscas”.

Uma equipe de 30 militares da Força Aérea Brasileira se concentra na área próxima da aldeia Cuxaré, onde o avião desapareceu, para fazer as buscas. Eles usam um avião SC105 Amazonas, e um helicóptero UH-1H para sobrevoar a área. Já a empresa WEJ Táxi Aéreo informou que está dando todo o apoio aos familiares dos passageiros do avião.
SEM INFORMAÇÃO

A WEJ Táxi Aéreo não informou quem contratou o voo, mas uma fonte que pediu anonimato ao DIÁRIO afirma que a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia foi a empresa que fretou o avião Sêneca II para transportar dois hidrólogos que estavam a seu serviço para uma missão na base de Tiriós.

O avião sumiu na quinta-feira, mas o Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) só foi informado do desaparecimento pela WEJ Táxi Aéreo no domingo. E somente ontem, segundo a fonte, os familiares dos passageiros foram avisados, pela CPRM.

De acordo com a fonte, o diretor de relações institucionais da CPRM veio a Belém prestar esclarecimentos e disse que vai dar apoio aos familiares, mas não vai ajudar nas investigações com a Aeronáutica.

“Eles deveriam dar total suporte nas investigações para tentar solucionar logo essa situação. A família fica angustiada e os funcionários preocupados”, comenta. Outra queixa é sobre a insegurança durante as viagens a trabalho pela companhia. “Eles viajam sem nenhuma comunicação, sem infraestrutura, para o meio do nada. Por isso é que quando ocorreu esse acidente demoraram para saber”, afirma.

O sargento do Fábio Monteiro, do Seripa, que está em Santarém, disse ao DIÁRIO que não poderia informar o nome da empresa contratante do táxi aéreo, mas disse ter sido informado que a tal empresa freta com frequência os aviões da WEJ Táxi Aéreo.

O DIÁRIO não conseguiu contato com a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Com informações da redação.
OS PASSAGEIROS

O avião decolou de Oriximiná na quinta-feira, levando quatro pessoas com destino a uma reserva indígena na fronteira com o Suriname, que fariam pesquisa sobre as águas da aldeia Cuxaré.Eles seriam ligados à CPRM

fonte/DiárioDoPará

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