JUSTIÇA FRANCESA ACUSA AIRBUS DE HOMICÍDIO CULPOSO NO ACIDENTE DO AIR FRANCE VOO 447
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fonte/AFP/EFE/Terra
A Justiça francesa acusou nesta quinta-feira a fabricante de avisões Airbus de homicídio culposo no caso do acidente com o voo 447 da companhia Air France. A aeronave com 228 pessoas a bordo caiu em 1º de junho de 2009 no Oceano Atlântico, quando fazia viagem do Rio de Janeiro a Paris. Não houve sobreviventes.
O presidente de Airbus, Tom Enders, confirmou o processo e mostrou descontentamento com a decisão do juiz. Para ele, há "ausência de fatos que sustentem a acusação".
"A Airbus sustenta que o objetivo deveria ser encontrar a causa desse acidente e assegurar que nunca ocorra novamente", disse. Enders também reiterou que a Airbus "continuará apoiando as investigações, inclusive a busca das caixas-pretas, que é a única maneira segura de conhecer a verdade". Ele se referiu à nova campanha - a quarta - dirigida pelo organismo governamental francês encarregado de acidentes aéreos, o BEA, que deve ser iniciada no próximo dia 20, para localizar tanto as caixas-pretas quanto os restos do avião.
Air France
O juiz instrutor convocou para esta sexta-feira a Air France, que deverá estar representada por seu diretor-geral, Pierre-Henri Gourgeon. A companhia também pode ser denunciada por responsabilidades na queda da aeronave.
O juiz instrutor convocou para esta sexta-feira a Air France, que deverá estar representada por seu diretor-geral, Pierre-Henri Gourgeon. A companhia também pode ser denunciada por responsabilidades na queda da aeronave.
O BEA constatou que as sondas Pitot, para medir a velocidade da aeronave, falharam, mas que elas por si sós não puderiam causar a tragédia.
Vítimas
Jean-Claude Giudicelli, um dos advogados das famílias das vítimas, afirmou que "não há nenhuma dúvida sobre a responsabilidade coletiva da Air France e da Airbus". Segundo ele, "há provas arrasadoras" disso.
Jean-Claude Giudicelli, um dos advogados das famílias das vítimas, afirmou que "não há nenhuma dúvida sobre a responsabilidade coletiva da Air France e da Airbus". Segundo ele, "há provas arrasadoras" disso.
Entre elas, Giudicelli destacou que o sistema que comunica os erros técnicos ao computador de bordo do avião indicou, durante a queda, que as sondas Pitot não funcionavam e que, portanto, os pilotos não podiam controlar a velocidade de voo. A Air France substituiu esse tipo de sondas em todos seus aviões após o acidente de 2009.
O Airbus A330 da Air France levava 216 passageiros e 12 tripulantes, entre eles, 72 franceses e 58 brasileiros. Apenas 50 corpos foram encontrados durante as buscas.
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