PILOTO NÃO APONTOU FALHAS TÉCNICAS ANTES DO ACIDENTE NA LÍBIA


O piloto do avião da Al Afriqiyah que caiu na quarta-feira perto de Trípoli, na Líbia, com um saldo de 103 mortos e um sobrevivente, não assinalou nenhum problema técnico na aeronave antes do acidente, informou nesta sexta-feira o presidente da comissão investigadora, Neji Dhau.

"O piloto não assinalou problema algum. Até o último momento, as coisas transcorreram normalmente entre o piloto e a torre de controle", declarou Dhau.

"O que posso confirmar no momento é que o avião se chocou no chão antes de chegar à pista", acrescentou, precisando que os investigadores não descartam nenhuma hipótese no momento.

Segundo as convenções internacionais, a Líbia deve coordenar a investigação, na qual também participa o país construtor da aeronave comprada pela companhia líbia Al Afriqiyah, neste caso a França.

A comissão investigadora é integrada principalmente por dois especialistas franceses do Departamento de Investigações e Análises (BEA, um órgão francês), cinco funcionários do construtor aeronáutico Airbus, assim como investigadores líbios, sul-africanos e observadores holandeses.

Nesta sexta-feira, se unirão a esta comissão especialistas americanos do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB), já que o motor e o sistema de navegação do avião acidentado são de fabricação americana.

Por outro lado, a companhia aérea anunciou que a bordo do avião se encontravam 67 holandeses, 13 sul-africanos e 13 líbios, incluindo 11 tripulantes.

O Airbus A330 procedente de Johannesburgo também transportava quatro belgas, dois austríacos, um alemão, um britânico, uma francesa e um zimbabuano, segundo comunicado da empresa publicado em seu site. A nacionalidade de um dos passageiros ainda não foi determinada.

Apenas um menino holandês de 9 anos sobreviveu ao acidente. Ele quebrou as duas pernas, foi hospitalizado e se encontra bem.

O menino Ruben, natural de Tilburg (sul da Holanda), voltava de um safári na África do Sul com o irmão Enzo, de 11 anos, a mãe Trudy, 41 anos, e o pai Patrick, 40 anos, todos mortos na tragédia.
"A Al Afriqiyah expressa sua gratidão a todos os que transmitiram suas condolências às vítimas e agradece ao pessoal do aeroporto que participou na busca das vítimas", concluiu o comunicado.

fonte/AFP/Terra

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