MORRE IDOSA ATINGIDA POR ULTRALEVE NO LITORAL DO RIO GRANDE DO SUL
Morreu na madrugada de ontem Olíria Marcos da Rosa, 67 anos, atingida no domingo por um ultraleve desgovernado na praia de Dunas Altas, em Palmares do Sul. O enterro será hoje, às 9h, no cemitério Memorial da Colina, em Cachoeirinha.
Por volta das 16h de domingo (21), um ultraleve, sem registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), caiu sobre as veranistas. A queda foi amortecida pelo veículo Uno da família de Olíria. Mas a idosa sofreu ferimentos graves e foi levada para o Hospital Cristo Redentor.
A necropsia e a investigação sobre as causas do acidente ainda não estão concluídas, mas o delegado de Balneário Pinhal Peterson Benitez garante que a situação legal do instrutor Marco Antônio Serafim e do aluno Valdecir Clarindo Soares, que estavam no comando da aeronave na hora do acidente, agrava-se com a morte da vítima:
– Até então, eles seriam acusados de lesão corporal. Agora eles podem ser acusados de homicídio doloso (de seis a 20 anos de prisão), lesão corporal seguida de morte (de quatro a 12 anos de reclusão) ou homicídio culposo (com pena de um a três anos). Como o inquérito ainda não está concluído, não temos como dar certeza, mas sabemos que haverá indiciamento.
O filho de Olíria, Jair Francisco Marcos, afirma que o advogado da família está sendo consultado sobre o caso:
– Ainda não sabemos qual o procedimento, mas faremos algo com certeza. Infelizmente teve de acontecer uma tragédia para barrar essa prática ilegal. Temos a obrigação moral de impedir que isso aconteça com outras pessoas.
Levantadas pela perícia, as hipóteses para o acidente são falha mecânica ou manobra equivocada do piloto.
Ultraleve estava irregular
O ultraleve que caiu sobre um carro e duas veranistas no domingo no Litoral Norte não tinha qualquer registro junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O piloto e o instrutor que estavam na aeronave que se acidentou em Dunas Altas, no município de Palmares do Sul, também não tinham certificados de piloto nem de autorização de voo. O delegado Peterson Benitez, da Delegacia da Polícia Civil de Balneário Pinhal, responsável pelo inquérito, afirmou ontem que o voo era irregular.
O instrutor Marco Antônio Serafim, 41 anos, e o aprendiz Valdecir Clarindo Soares, 38 anos, se apresentaram na DP de Quintão, onde reconheceram não ter as licenças necessárias para o voo. Soares sofreu ferimentos leves no rosto. O instrutor nada sofreu. Inicialmente, a polícia havia divulgado que os dois deixaram o local do acidente com medo de agressão.
– Estive no local o tempo todo, prestei socorro às vítimas e assumo a responsabilidade. Soares, que estava ferido, foi a procura de socorro. Confirmo que não tinha licenças, mas pratico voos há anos sem que nunca tivesse tido qualquer problema – disse Serafim por telefone a ZH.
fonte/Zero Hora/foto/Gilmar Santos
Por volta das 16h de domingo (21), um ultraleve, sem registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), caiu sobre as veranistas. A queda foi amortecida pelo veículo Uno da família de Olíria. Mas a idosa sofreu ferimentos graves e foi levada para o Hospital Cristo Redentor.
A necropsia e a investigação sobre as causas do acidente ainda não estão concluídas, mas o delegado de Balneário Pinhal Peterson Benitez garante que a situação legal do instrutor Marco Antônio Serafim e do aluno Valdecir Clarindo Soares, que estavam no comando da aeronave na hora do acidente, agrava-se com a morte da vítima:
– Até então, eles seriam acusados de lesão corporal. Agora eles podem ser acusados de homicídio doloso (de seis a 20 anos de prisão), lesão corporal seguida de morte (de quatro a 12 anos de reclusão) ou homicídio culposo (com pena de um a três anos). Como o inquérito ainda não está concluído, não temos como dar certeza, mas sabemos que haverá indiciamento.
O filho de Olíria, Jair Francisco Marcos, afirma que o advogado da família está sendo consultado sobre o caso:
– Ainda não sabemos qual o procedimento, mas faremos algo com certeza. Infelizmente teve de acontecer uma tragédia para barrar essa prática ilegal. Temos a obrigação moral de impedir que isso aconteça com outras pessoas.
Levantadas pela perícia, as hipóteses para o acidente são falha mecânica ou manobra equivocada do piloto.
Ultraleve estava irregular
O ultraleve que caiu sobre um carro e duas veranistas no domingo no Litoral Norte não tinha qualquer registro junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O piloto e o instrutor que estavam na aeronave que se acidentou em Dunas Altas, no município de Palmares do Sul, também não tinham certificados de piloto nem de autorização de voo. O delegado Peterson Benitez, da Delegacia da Polícia Civil de Balneário Pinhal, responsável pelo inquérito, afirmou ontem que o voo era irregular.
O instrutor Marco Antônio Serafim, 41 anos, e o aprendiz Valdecir Clarindo Soares, 38 anos, se apresentaram na DP de Quintão, onde reconheceram não ter as licenças necessárias para o voo. Soares sofreu ferimentos leves no rosto. O instrutor nada sofreu. Inicialmente, a polícia havia divulgado que os dois deixaram o local do acidente com medo de agressão.
– Estive no local o tempo todo, prestei socorro às vítimas e assumo a responsabilidade. Soares, que estava ferido, foi a procura de socorro. Confirmo que não tinha licenças, mas pratico voos há anos sem que nunca tivesse tido qualquer problema – disse Serafim por telefone a ZH.
fonte/Zero Hora/foto/Gilmar Santos
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