EADS FIXA 31 DE JANEIRO COMO DATA FINAL DAS NEGOCIAÇÕES DO AVIÃO A400M


O presidente de EADS, Louis Gallois, disse nesta terça-feira que o fabricante aeronáutico fixou para 31 de janeiro o prazo final para as negociações com os Governos europeus envolvidos no desenvolvimento do programa do avião de transporte militar A400M.

Conforme o presidente do EADS, o consórcio não pode viver com a incerteza financeira imposta pelo programa, e que "está custando de 100 milhões e 150 milhões de euros mensais".

EADS negocia atualmente com os Governos de sete países europeus, Alemanha, França, Espanha, Reino Unido, Turquia, Bélgica e Luxemburgo, a reorganização do programa.

Inicialmente, o programa contava com um custo de 20 bilhões de euros (US$ 29 bilhões), mas o desenvolvimento reajustou a quantia em 5 bilhões (US$ 7,2 bilhões).

Gallois reiterou que EADS está disposto a negociar com os Governos dos países envolvidos no projeto, mas acrescentou "o envio desta mensagem a todos eles, porque não podemos continuar antes do final de janeiro".

O contrato para a construção do A400M foi assinado com os Governos europeus com base em um desenvolvimento de um avião comercial, "mas se trata de um avião militar de alta tecnologia, e isso aumentou seu preço, por isso que é preciso renegociar os custos", explicou Gallois.

Conforme o julgamento do diretor, "foram cometidos erros a partir de ambas as partes", por isso que "devemos compartilhá-los e buscar soluções entre todos".

EADS acumula "perdas de 2,4 milhões de euros com o programa", assinalou.

O projeto do avião A400M nasceu em 2003, após o acordo com sete países que se comprometeram em comprar 180 unidades: Alemanha (60 unidades), França (50),

Espanha (27), Reino Unido (25), Turquia (10), Bélgica (7) e Luxemburgo (1).

Posteriormente a África do Sul (8) e a Malásia (4), depois dos atrasos de três anos, e o aumento do preço, o Governo sul-africano decidiu suspender a compra.

O A400M, que realizou o primeiro voo em 11 de dezembro em Sevilla.

É dotado também de quatro motores TP400 que permitem autonomia entre 3.295 e 6.390 quilômetros.

O A400M vai permitir a Airbus Military competir com dois modelos similares como o Lockheed C130 (Hércules) e o Transall C-160.

fonte/EFE/EPA foto/Divulgação/Airbus

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