MERCADO PARA 25.00 AVIÕES NOS PRÓXIMOS 25 ANOS, PREVÊ AIRBUS

A Airbus, em sua nova Previsão Global de Mercado, prevê a demanda de algo em torno de 25.000 novos aviões comerciais e de cargas, no valor aproximado de $ 3.1 trilhões de dólares, nos próximos 20 anos, em função de vários fatores, entre os quais podem ser destacados: as novas economias emergentes, as redes compartilhadas entre as companhias aéreas, a expansão das companhias de baixo custo e a crescente quantidade de megacidades; afora o crescimento do tráfego aéreo e a substituição dos velhos aviões, menos eficientes, por novos aviões eco-eficientes.

Aviões maiores em todas as categorias de tamanho são necessários para minorar o problema do excesso de tráfego e para acomodar o crescimento das rotas existentes e atingir mais com uma quantidade menor de aeronaves. Comparando-se aos períodos de investimento em novos aviões, sua maturação e renovação de frota, os períodos de declínio econômicos são relativamente curtos. Em 2009 espera-se um declínio no lucro por passageiro transportado ( RPK`s), de 2% por km voado, e preve-se um incremento de 4.6% em 2010.

A previsão antecipa que nos próximos 20 anos, o lucro por passageiro transportado, continuará dependente dos efeitos cíclicos do segmento e prevê um crescimento médio de 4.7% ao ano, ou seja, o dobro nos próximos 15 anos. Isto exigirá que o mercado adquira 24.100 novos aviões comerciais, no valor aproximado de $ 2.9 trilhões de dólares. Com a substituição de quase 10.000 aviões velhos, a frota mundial de aviões com capacidade para 100 assentos ou mais, dobrará em relação às atuais 14.000 aeronaves.

Já a previsão de lucro em relação ao segmento cargueiro, no que se refere ao FTKs, ou lucro por tonelada transportada por km, preve-se um incremento anual de 5.2%. Combinado com a renovação da frota, isto criará uma demanda de quase 3.440 cargueiros. Mais de 850 desses serão novos aviões no valor aproximado de $ 210 bilhões de dólares, sendo o restante, aviões comerciais que serão convertidos para uso no segmento de carga.

John Leahy, chefe do depto de atendimento ao cliente, da Airbus, declarou que o segmento do transporte aéreo é uma indústria em expansão e um ingrediente essencial para a saúde da economia mundial. Segundo ele, a tecnologia e a inovação são as forças chave que incentivam que o setor aéreo procure construir e operar aviões eco-eficentes. Ele disse que a Airbus está na linha de frente deste processo.

A aviação também beneficia as pessoas individualmente, em todas as regiões do mundo, e a quantidade de indivíduos beneficiados, cresce conforme a aviação prospera. A Oxford Economics prevê, que em 20 anos, a aviação empregará 8.5 milhões de pessoas no mundo e trará uma contribuição de $ 1 trilhão de dólares anuais ao PIB mundial.

A maior parte da demanda pelos aviões comerciais virá das companhias aéreas da Ásia e do Pacífico e de outros mercados emergentes. A região que inclui a China e a índia, representa 31% do total, seguinda da Europa, com 25% e América do Norte, com 23%. Em relação aos mercados domésticos de passageiros, a índia contibui com 10% e a China com 7.9%, e terão os mercados com maior crescimento nos próximos 20 anos. O maior mercado doméstico continuará a ser o mercado dos EUA.

O crescimento do tráfego aéreo, o aumento das frequências, redução de custos, aeroportos congestionados e preocupações ambientais, influenciam, de forma crescente, as companhias aéreas, no sentido da busca por aviões maiores, particularmente, dentro do conceito de famílias de aviões que minimizem os custos de manuntenção e treinamento.

Por exemplo, nos EUA em 2007, as companhias aéreas gastaram 740 milhões de galões de combustível, em função de atrasos provocados por aeroportos congestionados, ou seja, uma quantidade de combustível suficiente para alimentar 32.000 voos entre Londres e Nova York. Aviões maiores com emissões reduzidas de CO2, são a solução. Nos últimos 10 anos, o tamanho dos aviões sofreu um acréscimo de 3% e a Airbus prevê que em 2028, os aviões, serão 26% maiores que atualmente.

A Airbus prevê que a demanda por aviões muito grandes, os chamados ´´Very Large Aircraft (VLA)´´, com capacidade para mais de 400 passageiros, tais como o A380, será de 1.700 unidades, no valor aproximado de $ 571 bilhões de dólares, o que representa 19% do valor total dos aviões que serão necessários e 7% das unidades. Destes, 1.318 serão necessários para fazer a interligação entre as megascidades, que aumentam em quantidade e tamanho. O fenômeno gera concentração de tráfego. Mais da metade dos grandes aviões vão operar na região da Ásia-Pacífico.

No segmento de aeronaves de dois corredores ( entre 250 a 400 assentos ), algo em torno de 6.250 novos aviões serão entregues, nos próximos 20 anos, com valor estimado em $ 1.300 trlhão de dólares, ou 42% do total, representando 25% dos aviões. Destes, 4.240 serão aviões menores, de dois corredores, com capacidade entre 250 e 300 assentos, e 2.010, com dois corredores, com capacidade entre 350 e 400 assentos. Estes segmentos são cobertos pela família A330/A340. À partir, de 2013, a família A350XWB, cobrirá todo o espectro do mercado de aviões de dois corredores.

Já o segmento de corredor único, será responsável por 17.000 aeronaves, no valor aproximado de $ 1.200 trilhão de dólares, ou 39% do valor global e 68% das unidades, nos próximos 20 anos. Isto representa um acréscimo sobre previsões passadas, devido o surgimento das companhias aéreas de baixo custo e também devido a liberalização crescente das rotas e a acelerada demanda por aviões de correndor único no mercado asiático.

fonte: AUBUS/BGA


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