LABACE 2009 - UM BRASIL VIBRANTE, TORNA-SE HOLOFOTE DA AVIAÇÃO EXECUTIVA NA AMÉRICA LATINA
Estimativas de um crescimento de 4% da aviação executiva na América Latina, na próxima década, poderiam mostrar-se muito conservadoras, se for considerado o otimismo expressado pelos fabricantes de aviões e pelos operadores que se preparam para participar da LABACE (Latin American business aviation convention and exhibition), em São Paulo, Brasil.
Boa parte desta confiança é em função do mercado brasileiro, nitidamente comprador e líder na região. Não somente a economia brasileira permaneceu robusta , enquanto outras economias como a americana, estancaram, como também o prospecto da realização da copa do mundo de futebol, em 2014 age como um imã, pois a adequação da infraestrutura , possibilitará o desenvolvimento de uma infraestrutura aeronáutica, de longo prazo que vai beneficiar muito os viajantes de negócios, vindos de todas as partes do mundo.
´´ Atualmente o Brasil tem recursos financeiros muito acima que costumava ter, mesmo com a crise financeira,´´ conta Rui Aquino, presidente da ABAG, a associação brasileira de aviação geral. ´´ O desemprego tem se mantido relativamente baixo, e politicamente o país é muito estável. Muitas pessoas desejam comprar aviões e helicópteros.´´
Outro fator contribuinte é a taxa de câmbio, em relação ao dólar, que caiu 30% desde março. ´´ Todos estão conscientes que os preços dos aviões usados estão baixos e que a taxa de câmbio está num patamar ideal para a compra de produtos americanos,´´ afirma Aquino,
Otimismo
A OceanAir, distribuidora da Bombardier e operadora de taxi aéreo, baseada em São Paulo, mensura o otimismo traduzido nas vendas do Learjet. Além dos seis Learjets próprios, a empresa importa 12 aviões novos por ano, e gerencia a manuntenção e suporte de produto para toda linha Bombardier no Brasil, informou o diretor de vendas e marketing da empresa José Eduardo Brandão.
A OceanAir também vendeu três Leajet 85s no Brasil. Este avião é a nova versão da família Learjet, todo construido com materiais compostos e cuja entregas começarão em 2013. Um dos três adquiridos, será o avião de lançamento da série, e o comprador atualmente opera um Learjet 60, conta Brandão.
De acordo com levntamento feito pela Bombardier, a América Latina, possuia 1.160 aeronaves executivas em 2008 não incluindo na soma, os Airbus Corporate Jets e os Boeing Business Jets, e jatos muito leves. O Brasil possui 360 jatos e 30% são produtos Bombardier, diz Brandão.
ABombardier espera que a quantidade total de jatos na América Latina, suba para 1.780 em 2018, um crescimento médio de 4.3% ao ano, em comparação com um crescimento de 15.6% na China, 10,2% na Europa e 4.1% na América do Norte.
Apesar de 70% dos jatos executivos no Brasil, pertencerem a proprietários privados, Brandão informa que uma crescente parcela de proprietários estão começando a compartilhar seus aviões para operação de terceiros, ou mesmo empresas de taxi aéreo, tais como a própria OceanAir. No Brasil não existem regras que permitam o fracionamento da aeronave, como nos EUA e Europa. Assim, o avião deve ser operado sob regras equivalentes às regras FAA Part 135.
Não incluso nos números da Bombardier, os helicópteros turbinados usados em transporte executivo, e que são de vital importância na super povoada São Paulo, onde voam cerca de 500 helicópteros e tendo à disposição, 230 heliportos.
A OceanAir, também é distribuidora da Agusta/Westland no Brasil, e assistiu os negócios com helicópteros crescer entre 30-40%, nos últimos dois anos e venderá na região 25 unidades novas e 5 usadas, somente este ano. A companhia também disribui os aviões da Pilatus, que fabrica cinco PC-12s por ano, somente para atender ao mercado brasileiro. Segundo Brandão, existem 16 PC-12s voando no Brasil e serão 20 até o fim do ano. ´´ Tudo que conseguimos trazer vendemos,´´ completa ele.
Interesse Aquecido
Os fatores favoráveis no Brasil, ajudaram a aumentar o interesse pela LABACE. Aquino, diz que serão 100 expositores no evento, contra 70 no ano passado e estão incluidos todos os grandes fabricantes de jatos executivos. O evento também contará com 60 aviões em exibição estática, no aeroporto de Congonhas, em comparação com 48 em 2008.
Um dos expositores, a italiana Piaggio, participará pela primeira vez do evento anual, cuja primeira edição ocorreu em 2003, como parte de sua nova estratégia de marketing visando promover seu avião bimotor, P180 Avanti II, na América Latina. Além de obter a certificação do modelo, junto à ANAC, a Piaggio, procura distribuidores para a região. John Bingham, vice-presidente executivo de vendas e marketing da Piaggio América, afirma que o Brasil representa uma grande e inexplorada oportunidade para a empresa.
Binghan comentou que o Avanti é particularmente ideal para operar na região amazônica, mas que acha que o avião será bem recebido em todos os segmentos da aviação geral e executiva. A Piaggio planeja usar a LABACE para escolher agentes para a Argentina, Brasil, Chile , Colômbia , Venezuela e América Central, provavelmente, Panamá. A fabricante não tem representantes em nenhum dos paises citados.
Já no segmento dos executivos leves, a italiana Vulcanair apresentará seu modelo bi-turbina P68, pela primeira vez na LABACE. Representando os interesses da aviação executiva estarão presentes a Bombardier, a Cessna, Dassault, Embraer e Gulfstream.
A Gulfstream aumentou sua participação com os modelos de cabine média, na região, em 450% e com de cabine larga, em 55%, entre 2004-08, para 22 aeronaves, contra 4 para os modelos médios e para 70 aviões contra 45 dos cabines largas. A companhia, no início do ano, diminuiu a producão dos modelos G150 e G200, para 24 unidades, em comparação a 32 em 2008. A empresa informou que talvez precise diminuir ainda mais a produção.
A Dassault afirma ter a liderança no segmento dos cabines largas no Brasil, com 20 aviões em operação; uma quantidade que ela espera dobrar em 5 anos. Para melhor servir a frota, a fabricante buscou as certificações americana e européia, para efetuar manutenções em aviões Falcon, com registro americano e europeu, em um complexo próprio montado em São Paulo. A empresa obteve a certificação brasileira em junho.
O chefe executivo da Cessna, Jack Pelton afirmou que o Brasil é o terceiro mercado da companhia, após a Europa e EUA, e continua a crescer apesar da recessão global. ´´ Não foi tão duramente atingido como outros mercados,´´ disse ele. Os modelos Citation e os demais produtos vendem bem no Brasil, com os jatos utilizados em voos de longa distância entre cidades e os Caravans operando em áreas remotas, principalmente na região amazônica. Pelton afirma que as vendas na região estão en alta, diferentemente de outras regiões.
A seguir, após a Cessna, surge a Bombardier , em fatia de mercado, com quase 400 aeronaves, representando 27% do mercado da região, afirma Fabio Rebello, vice-presidente de vendas para a América Latina. Embora as vendas no México tenham sido afetadas pela crise nos EUA, devido a inerligação econômica existente entre os dois paises, Rebello afirma que o Brasil conseguiu evitar uma crise de crédito. Os bancos continuaram a fornecer empréstimos e as vendas continuaram fortes com a demanda interna.
Rebello acredita que até 2012 o mercado latino volte aos números de 2008, em termos de crescimento.
A Embraer, provavelmente vai impactar a divisão de fatia de mercado, com a entrada em serviço do primeiro jato de sua nova família de jatos executivos leves e de médio porte. A companhia entregou no mercado brasileiro, seu primeiro jato Phenom 100, no fim de junho, sete meses após as primeiras entregas ao mercado americano. Dos mais de 800 pedidos confirmados do modelo, mais de 100 são destinados à América Latina, sendo 70% para o Brasil. Logo, a empresa obterá a certificação do Phenom 300, que também causará impacto.
Aquino está trabalhando para tornar a infraestrutura brasileira mais amigável à aviação executiva, antes da Copa do Mundo. Em seu discurso de abertura da LABACE, ele defenderá a construção de novos aeroportos. ´´ Estamos trabalhando com o governo, exercendo pressão para concretizar a construção de novos aeroportos para uso da aviação executiva.´´ afirma Aquino.
Data: de 13 a 15 de agôsto de 2009
Local: Aeroporto de Congonhas, em São Paulo SP
Àrea da Exposição: Hangar da VASP.
Entrada pela Avenida Washington Luiz,
Informações adicionais:
* Web site do evento: http://www.labace.aero
* Endereço: ABAG,
* Tel: +55 (11) 5032 2727
* Fax: +55 (11) 5031 1900
* Email: labace@abag.org.br
Fonte: FG/By John CroftTradução: BG
Boa parte desta confiança é em função do mercado brasileiro, nitidamente comprador e líder na região. Não somente a economia brasileira permaneceu robusta , enquanto outras economias como a americana, estancaram, como também o prospecto da realização da copa do mundo de futebol, em 2014 age como um imã, pois a adequação da infraestrutura , possibilitará o desenvolvimento de uma infraestrutura aeronáutica, de longo prazo que vai beneficiar muito os viajantes de negócios, vindos de todas as partes do mundo.
´´ Atualmente o Brasil tem recursos financeiros muito acima que costumava ter, mesmo com a crise financeira,´´ conta Rui Aquino, presidente da ABAG, a associação brasileira de aviação geral. ´´ O desemprego tem se mantido relativamente baixo, e politicamente o país é muito estável. Muitas pessoas desejam comprar aviões e helicópteros.´´
Outro fator contribuinte é a taxa de câmbio, em relação ao dólar, que caiu 30% desde março. ´´ Todos estão conscientes que os preços dos aviões usados estão baixos e que a taxa de câmbio está num patamar ideal para a compra de produtos americanos,´´ afirma Aquino,
Otimismo
A OceanAir, distribuidora da Bombardier e operadora de taxi aéreo, baseada em São Paulo, mensura o otimismo traduzido nas vendas do Learjet. Além dos seis Learjets próprios, a empresa importa 12 aviões novos por ano, e gerencia a manuntenção e suporte de produto para toda linha Bombardier no Brasil, informou o diretor de vendas e marketing da empresa José Eduardo Brandão.
A OceanAir também vendeu três Leajet 85s no Brasil. Este avião é a nova versão da família Learjet, todo construido com materiais compostos e cuja entregas começarão em 2013. Um dos três adquiridos, será o avião de lançamento da série, e o comprador atualmente opera um Learjet 60, conta Brandão.
De acordo com levntamento feito pela Bombardier, a América Latina, possuia 1.160 aeronaves executivas em 2008 não incluindo na soma, os Airbus Corporate Jets e os Boeing Business Jets, e jatos muito leves. O Brasil possui 360 jatos e 30% são produtos Bombardier, diz Brandão.
ABombardier espera que a quantidade total de jatos na América Latina, suba para 1.780 em 2018, um crescimento médio de 4.3% ao ano, em comparação com um crescimento de 15.6% na China, 10,2% na Europa e 4.1% na América do Norte.
Apesar de 70% dos jatos executivos no Brasil, pertencerem a proprietários privados, Brandão informa que uma crescente parcela de proprietários estão começando a compartilhar seus aviões para operação de terceiros, ou mesmo empresas de taxi aéreo, tais como a própria OceanAir. No Brasil não existem regras que permitam o fracionamento da aeronave, como nos EUA e Europa. Assim, o avião deve ser operado sob regras equivalentes às regras FAA Part 135.
Não incluso nos números da Bombardier, os helicópteros turbinados usados em transporte executivo, e que são de vital importância na super povoada São Paulo, onde voam cerca de 500 helicópteros e tendo à disposição, 230 heliportos.
A OceanAir, também é distribuidora da Agusta/Westland no Brasil, e assistiu os negócios com helicópteros crescer entre 30-40%, nos últimos dois anos e venderá na região 25 unidades novas e 5 usadas, somente este ano. A companhia também disribui os aviões da Pilatus, que fabrica cinco PC-12s por ano, somente para atender ao mercado brasileiro. Segundo Brandão, existem 16 PC-12s voando no Brasil e serão 20 até o fim do ano. ´´ Tudo que conseguimos trazer vendemos,´´ completa ele.
Interesse Aquecido
Os fatores favoráveis no Brasil, ajudaram a aumentar o interesse pela LABACE. Aquino, diz que serão 100 expositores no evento, contra 70 no ano passado e estão incluidos todos os grandes fabricantes de jatos executivos. O evento também contará com 60 aviões em exibição estática, no aeroporto de Congonhas, em comparação com 48 em 2008.
Um dos expositores, a italiana Piaggio, participará pela primeira vez do evento anual, cuja primeira edição ocorreu em 2003, como parte de sua nova estratégia de marketing visando promover seu avião bimotor, P180 Avanti II, na América Latina. Além de obter a certificação do modelo, junto à ANAC, a Piaggio, procura distribuidores para a região. John Bingham, vice-presidente executivo de vendas e marketing da Piaggio América, afirma que o Brasil representa uma grande e inexplorada oportunidade para a empresa.
Binghan comentou que o Avanti é particularmente ideal para operar na região amazônica, mas que acha que o avião será bem recebido em todos os segmentos da aviação geral e executiva. A Piaggio planeja usar a LABACE para escolher agentes para a Argentina, Brasil, Chile , Colômbia , Venezuela e América Central, provavelmente, Panamá. A fabricante não tem representantes em nenhum dos paises citados.
Já no segmento dos executivos leves, a italiana Vulcanair apresentará seu modelo bi-turbina P68, pela primeira vez na LABACE. Representando os interesses da aviação executiva estarão presentes a Bombardier, a Cessna, Dassault, Embraer e Gulfstream.
A Gulfstream aumentou sua participação com os modelos de cabine média, na região, em 450% e com de cabine larga, em 55%, entre 2004-08, para 22 aeronaves, contra 4 para os modelos médios e para 70 aviões contra 45 dos cabines largas. A companhia, no início do ano, diminuiu a producão dos modelos G150 e G200, para 24 unidades, em comparação a 32 em 2008. A empresa informou que talvez precise diminuir ainda mais a produção.
A Dassault afirma ter a liderança no segmento dos cabines largas no Brasil, com 20 aviões em operação; uma quantidade que ela espera dobrar em 5 anos. Para melhor servir a frota, a fabricante buscou as certificações americana e européia, para efetuar manutenções em aviões Falcon, com registro americano e europeu, em um complexo próprio montado em São Paulo. A empresa obteve a certificação brasileira em junho.
O chefe executivo da Cessna, Jack Pelton afirmou que o Brasil é o terceiro mercado da companhia, após a Europa e EUA, e continua a crescer apesar da recessão global. ´´ Não foi tão duramente atingido como outros mercados,´´ disse ele. Os modelos Citation e os demais produtos vendem bem no Brasil, com os jatos utilizados em voos de longa distância entre cidades e os Caravans operando em áreas remotas, principalmente na região amazônica. Pelton afirma que as vendas na região estão en alta, diferentemente de outras regiões.
A seguir, após a Cessna, surge a Bombardier , em fatia de mercado, com quase 400 aeronaves, representando 27% do mercado da região, afirma Fabio Rebello, vice-presidente de vendas para a América Latina. Embora as vendas no México tenham sido afetadas pela crise nos EUA, devido a inerligação econômica existente entre os dois paises, Rebello afirma que o Brasil conseguiu evitar uma crise de crédito. Os bancos continuaram a fornecer empréstimos e as vendas continuaram fortes com a demanda interna.
Rebello acredita que até 2012 o mercado latino volte aos números de 2008, em termos de crescimento.
A Embraer, provavelmente vai impactar a divisão de fatia de mercado, com a entrada em serviço do primeiro jato de sua nova família de jatos executivos leves e de médio porte. A companhia entregou no mercado brasileiro, seu primeiro jato Phenom 100, no fim de junho, sete meses após as primeiras entregas ao mercado americano. Dos mais de 800 pedidos confirmados do modelo, mais de 100 são destinados à América Latina, sendo 70% para o Brasil. Logo, a empresa obterá a certificação do Phenom 300, que também causará impacto.
Aquino está trabalhando para tornar a infraestrutura brasileira mais amigável à aviação executiva, antes da Copa do Mundo. Em seu discurso de abertura da LABACE, ele defenderá a construção de novos aeroportos. ´´ Estamos trabalhando com o governo, exercendo pressão para concretizar a construção de novos aeroportos para uso da aviação executiva.´´ afirma Aquino.
Data: de 13 a 15 de agôsto de 2009
Local: Aeroporto de Congonhas, em São Paulo SP
Àrea da Exposição: Hangar da VASP.
Entrada pela Avenida Washington Luiz,
Informações adicionais:
* Web site do evento: http://www.labace.aero
* Endereço: ABAG,
* Tel: +55 (11) 5032 2727
* Fax: +55 (11) 5031 1900
* Email: labace@abag.org.br
Fonte: FG/By John CroftTradução: BG
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