FORÇA AÉREA DA ÁFRICA DO SUL ESTÁ ALAVANCANDO O SETOR DE TECNOLOGIA



A Força Aérea da África do Sul (SAAF) está promovendo o desenvolvimento de alta tecnologia no país. “Nos últimos anos, trouxemos bastante tecnologia para o país”, afirma o tenente general Carlo Gagiano, comandante em chefe da SAAF. “Se considerarmos nossas últimas aquisições, as aeronaves A109, Lynx Mk 300, Hawk e Gripen, todas representam a última palavra em avanço tecnológico no mercado.”

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“O Hawk, por exemplo”, cita Gagiano. “Os aviônicos do Hawk foram projetados pela ATE, uma empresa sul-africana. A ATE qualificou os aviônicos que foram testados em voo, na África do Sul. Há várias empresas no país, envolvidas com nossas novas tecnologias, na sua manutenção. Além disso, já estão procurando atualizá-las.”

A Denel Dynamics está desenvolvendo (em cooperação com o Brasil) a quinta geração (ou seja, a última) de mísseis ar-ar A-Darter que têm alcance curto e são guiados por infravermelho. Estes mísseis equiparão tanto os Gripens como os Hawks, a serviço da SAAF.

Nestes últimos anos, a SAAF recebeu ou começou a receber 30 helicópteros leves AugustaWestland A109, quatro helicópteros navais AugustaWestland Lynx Mk 300 (que deverão operar a partir de fragatas da Marinha), 24 aeronaves de treinamento BAE Systems Hawk (com capacidade secundária de combate), bem como 26 avançados caças leves Saab Gripen. Os A109s estão substituindo os antigos helicópteros Alouette III, que atuaram na SAAF por 44 anos, e os Hawks, as aeronaves Atlas Impala Mk I e Mk II (versões sul-africanas, fabricadas sob licença, dos aviões Italian Aermacchi MB326M e MB326K, respectivamente), que serviram o país por 40 anos. Os Gripens, por sua vez, estão substituindo os Denel Cheetahs, versões muito mais modernizadas do caça Dassault Mirage III. No papel, os Lynxes deveriam substituir os Alouette IIIs que operavam a bordo de navios, mas, na realidade, eles representam a restauração de uma capacidade dedicada de helicópteros marítimos perdida há uns 20 anos, com a aposentadoria dos Westland Wasps.

Exceto pelos aviônicos do Cheetah, todas as aeronaves antigas basicamente empregavam tecnologias da década de 60 ou com mais de 40 anos de idade. Todas as novas aeronaves utilizam tecnologias contemporâneas.

“Eu poderia começar com os equipamentos de vigilância, a exemplo da tecnologia de imagem por infravermelho FLIR (forward-looking infrared), da telemetria por radar e dos controles de voo — os controles mais avançados, existentes hoje em dia, estão no Gripen”, afirma Gagiano entusiasmado. “Até mesmo no A109, você tem um sistema de controle de voo e piloto automático de quatro eixos, facilitando muito a vida da tripulação de bordo. Esta pequena aeronave também conta com avançadíssimos aviônicos, um salto enorme em relação aos antigos Alouette III, cuja instrumentação era acionada por meio de diais. O A109 tem um sistema digital de geração de mapas, três telas multifuncionais, um piloto automático, além de poder pairar no ar. Incorpora ainda tecnologia de imagem FLIR e de telemetria por radar, além de oferecer uma excelente capacidade para içar.”

Traduzindo tudo isso em termos práticos, isso significa que o A109 pode localizar, com precisão, o local de uma emergência, alcançá-lo mais rapidamente e executar as operações de resgate com maior segurança, até mesmo em condições adversas, por um tempo maior, em comparação com o antigo Alouette III.


Mesmo os aviônicos da década de 90, integrados no Cheetah, já estão ultrapassados. “Temos um sistema de armamentos muito bom no Cheetah, mas tudo ainda era controlado por voz, através do rádio”, explica Gagiano. “Agora, pela primeira vez, estamos usado sistemas de datalink no Gripen, representando um salto enorme de onde nos encontrávamos antes”.

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Com um sistema de datalink, os aviônicos da aeronave podem se comunicar diretamente entre si e com os sistemas eletrônicos baseados em terra, sem que seja necessário o piloto olhar seus instrumentos e comunicar as leituras oralmente, através do rádio. Graças a esta capacidade, por exemplo, o Gripen pode voar com o radar desligado, evitando dar sua posição a aeronaves hostis ou suspeitas, mas retendo a capacidade de receber dados de radar da base terrestre ou de outras aeronaves (inclusive de outros Gripens). Portanto, estas aeronaves contam com as vantagens oferecidas pela utilização de um radar, sem as suas desvantagens. Como os sistemas de datalink são padrão agora, nas principais forças aéreas do mundo, isso também significa que a SAAF está apta agora para interagir, mais efetivamente, com estas forças.

fonte: Portal Brasil

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