CONSÓRCIO VOA SÃO PAULO, ADMINISTRAÇÃO QUE ESTÁ DANDO CERTO EM 5 AEROPORTOS PAULISTAS

Uma operação menor, em um cenário econômico melhor e com o apoio de mais investidores. Para Othon Ribeiro, presidente do consórcio Voa São Paulo, o modelo de negócio adotado nas outorgas do Aeroporto Campo dos Amarais, em Campinas (SP), e de outros  quatro aeródromos do Estado, que neste sábado (19) completam um mês, é diferente daquele que naufragou em Viracopos, onde os administradores decidiram devolver a estrutura ao governo.

"Nossa operação é bem pequena em relação a Viracopos, e o investimento é pequeno em relação ao consórcio todo", defende Ribeiro. 
 
A Voa São Paulo venceu o leilão para administrar por 30 anos o Aeroporto Campo dos Amarais e estruturas das cidades de Bragança Paulista (SP), Jundiaí (SP), Itanhaém (SP) e Ubatuba (SP). O investimento previsto é de R$ 93 milhões. 

Para efeito de comparação, Viracopos, primeiro aeroporto de grande porte do país a ser operado por empresas, foi arrematado pela Aeroportos Brasil em 2012 por R$ 3,821 bilhões. 

Na avaliação de Ribeiro, a crise econômica, "uma das maiores que existiu na história do Brasil", foi apenas um problemas enfrentados por Viracopos. "No caso da concessão de Viracopos, um dos sócios entrou em uma situação financeira complicada, e isso criou essa necessidade de encerrar o contrato." 

O presidente do Voa São Paulo destaca que além de se tratar de uma operação menor, haverá aportes fora da concessão. "Vamos ter vários outros investidores para as operações ao redor dos aeroportos. Estamos tranquilos. O Brasil começa a dar sinais positivos de melhoras."

Campo dos Amarais

Maior aeroporto entre os cinco administrados pela Voa São Paulo desde o último dia 19 de agosto, o Campo dos Amarais, em Campinas (SP), receberá investimentos de R$ 28,6 milhões. Obras de ampliação e melhorias começam em março de 2018. 

"A pista será ampliada na primeira fase de 1.650 metros para 2 mil metros, e a reforma do pátio também será feita. A previsão de conclusão é de um ano e meio", destaca Ribeiro. 

O potencial econômico dos Amarais, no entanto, não está apenas na aviação. "O aeroporto tem muita área para desenvolvimento imobiliário. Vamos criar hotel, trazer empresas de logística, negócios que, de alguma forma, também atendam a comunidade ao lado", diz o presidente. 

A exploração do potencial imobiliário é necessária, afirma a concessionária, para viabilizar o negócio. "O aeroporto por si só, em tarifa, não tem sustentabilidade econômica. Vamos agregar negócios para gerar receitas e continuar os investimentos necessários", completa Ribeiro.

Primeiro mês

Depois de regularizar a documentação necessária, a Voa São Paulo iniciou a transição da gestão dos cinco aeroportos. No primeiro mês, a gestão segue com o governo estadual, e é monitorada pela nova administradora. Os papéis se invertem no mês seguinte. "Entre outubro e novembro, a gestão passa a ser exclusivamente da Voa São Paulo", informa Othon Ribeiro.
Em nota, o Departamento Aeroviário do Estado (Daesp) destaca que "o processo de operação assistida do Aeroporto Campo dos Amarais (Campinas) junto à concessionária Voa São Paulo será de 90 dias."
"Neste período está sendo feita a troca de informações técnicas, operacionais e financeiras do aeroporto, que envolve movimentação de aeronaves, sistema de cobrança de tarifas, controle de acessos, contrato com concessionários, entre outros assuntos", informa o Daesp.

Raio-x dos aeroportos

  • Campo do Amarais (Campinas): Segundo a Artesp, há pista de 1,6 mil metros, terminal de passageiros com 230 m² e estacionamento para 50 veículos. Opera com aviação geral (executiva e táxi aéreo) e, durante 2015, foram registrados 9,7 mil passageiros e 49,3 mil aeronaves.
  • Artur Siqueira (Bragança Paulista): Há pista de 1,2 mil metros, terminal com 225 m² e estacionamento para 76 veículos. Atende demandas de voos executivos e, durante 2015, teve 36,6 mil passageiros e 37,1 mil aeronaves.
  • Comandante Rolim Adolfo Amaro (Jundiaí): Tem pista com 1,4 mil metros, terminal com 500 m² e estacionamento para 50 veículos. Há operações de voos executivos e, durante 2015, recebeu 11,6 mil passageiros e 81,2 mil aviões.
  • Tem pista com 1,4 mil metros, terminal com 500 m² e estacionamento para 50 veículos. Há operações de voos executivos e, durante 2015, recebeu 11,6 mil passageiros e 81,2 mil aviões.
  • Antônio Ribeiro Nogueira Jr. (Itanhaém): Apresenta pista de 1,3 mil metros, terminal de passageiros com 1.560 m² (500 m² do Daesp e 1.060 m² da base da Petrobras) e estacionamento para 50 veículos. No ano passado, a estrutura contabilizou 14,3 mil passageiros e recebeu 15 mil aeronaves.
  • Gastão Madeira (Ubatuba): A pista do aeródromo possui 940 metros, terminal de passageiros com 70 m² e estacionamento para 15 veículos. Em 2015, recebeu 260 passageiros e 3,4 mil aeronaves.
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  • fonte/G1

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