BOEING SUSPENDE TEMPORARIAMENTE VOOS DO 737 MAX 8
A Boeing anunciou nesta quarta-feira, dia 10 de maio, que suspendeu
temporariamente os voos de testes do novo avião comercial 737 MAX 8,
devido a possíveis problemas nos motores CFM International LEAP-1B.
A suspensão surge após a fábrica de motores ter notificado a
construtora aeroespacial norte-americana sobre uma questão de qualidade,
na turbina de baixa pressão dos motores LEAP-1B.
“A CFM notificou-nos sobre um potencial problema de qualidade no
fabrico do eixo da turbina de baixa pressão (LPT) nos motores LEAP-1B “,
refere um comunicado distribuído pela Boeing.
“Estamos a trabalhar com a
CFM para inspecionar os eixos em questão. A CFM e o seu fornecedor
notificaram-nos ao descobrir o problema como parte do seu processo de
inspeção de qualidade. No entanto, não verificámos nenhum problema
associado ao LPT durante o nosso programa de testes do modelo MAX, em
andamento.”
“O programa de testes de voo do MAX 8 já realizou mais de 2.000 horas
de voo, passando por inspeções minuciosas”, reforçou a Boeing. Em
abril, a construtora completou a certificação para o ETOPS de 180
minutos, com simulação de 3.000 ciclos em bancada de testes para
certificar a confiabilidade de operação do motor.
A Boeing referiu que a decisão de suspender os voos da MAX foi feita
“com muita cautela”. A suspensão ocorre numa altura em que a fábrica
norte-americana estava a preparar-se para iniciar a entrega do primeiro
Boeing 737 MAX 8, que foi certificado em março, às companhias aéreas. No
entanto, a Boeing afirmou que pretende cumprir com as entregas
planeadas do MAX 8 no final deste mês, à operadora de baixo custo malaia
Malindo Air e durante o verão à Norwegian Air.
De acordo com o comunicado da Boeing, o núcleo de cada motor LEAP-1B
será inspecionado. Os motores desenvolvidos pela CFM International, uma joint venture
entre a norte-americana General Electric e a francesa Safran serão
enviados para as fábricas em Indiana (EUA) e em França para inspeção,
disse Jamie Jewell, porta-voz da CFM.
Uma vez que os componentes em suspeita têm dois fornecedores
distintos, a questão não afeta todos os motores. A CFM disse que vai
conduzir as inspeções para determinar quantas unidades estão afetadas
com as suspeitas agora levantadas.
fonte/NewsAvia/foto/Divulgação
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