JUSTIÇA EXTINGUE AÇÃO CONTRA AEROVALE, POR DANO AMBIENTAL
Obra que estava paralisada desde março de 2015 pode ser retomada
FOTO/Divulgação
A Justiça extinguiu o processo contra o Aerovale, aeroporto privado e
centro empresarial aeroespacial, que está em construção em Caçapava,
por supostos danos ambientais. Com a decisão, as obras do empreendimento
de R$ 250 milhões podem ser retomadas.
Em março do ano passado, a Justiça determinou que as obras da Aerovale fossem paralisadas, devido a uma ação civil pública do MP que apontou construções feitas em APP (Áreas de Preservação Permanente).
Em dezembro passado, o Aerovale e a Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo), que também foi citada na ação, assinaram um TAC
(Termo de Ajuste de Conduta), colocando fim ao embargo das obras. A
decisão da Justiça aconteceu no dia 14 de dezembro do ano passado, mas
foi publicada no Diário Oficial esta semana.
Segundo Rogério Penido, da Penido Construtora e Incorporadora,
responsável pelo Aerovale, as obras já foram retomadas. "De uma forma
mais lenta devido às chuvas, mas já estamos com uma equipe no local",
diz.
"Agora estamos reorganizando toda a parte financeira e comercial e o
cronograma de obras, para voltarmos ao ritmo normal", afirma Penido, que
prefere não dar um prazo exato de quando o empreendimento será
entregue. Em março, a previsão era que o Aerovale fosse inaugurado em
dezembro passado.
"Como o processo demorou quase um ano, nós passamos a ter até
dezembro de 2017 para terminar a obra. A ideia é entregar o mais rápido
possível, até em dezembro deste ano mas, a princípio, não posso dizer
quando terminaremos. Em breve, espero dar uma previsão correta", conta
Penido.
Apesar de ter o andamento do empreendimento prejudicado, o empresário
vê com naturalidade o processo judicial. "É um processo normal do MP.
Até que analise tudo, demora mesmo, até pela grandeza da obra. Ficamos
muito debilitados com tudo isso, imagina ficar um ano parado, com
despesas e o mercado retraído, mas esperamos adotar o ritmo normal o
mais breve possível", afirma Penido.
Recuperação judicial
Em abril do ano passado, a Penido Construtora havia pedido recuperação judicial de seus empreendimentos, incluindo a obra do Aerovale. O grupo Penido solicitou ao TJ-SP (Tribunal de Justiça) de São Paulo ajuda para que as dívidas - que chegam a mais de R$ 35 milhões - sejam quitadas, por meio de um plano de recuperação.
Em abril do ano passado, a Penido Construtora havia pedido recuperação judicial de seus empreendimentos, incluindo a obra do Aerovale. O grupo Penido solicitou ao TJ-SP (Tribunal de Justiça) de São Paulo ajuda para que as dívidas - que chegam a mais de R$ 35 milhões - sejam quitadas, por meio de um plano de recuperação.
De acordo com Penido, o reinício das obras do Aerovale deverá ajudar
na recuperação judicial. "Naquela época foi apresentado e aprovado o
plano, mas ainda não foi homologado, o que deve acontecer em breve.
Imagina fazer tudo isso com a obra embargada? Agora, com a obra
desembargada vai ficar muito mais fácil, inclusive, para retomar as
negociações financeiras. A recuperação continua, só que agora temos um
horizonte", afirma.
O empreendimento
O Aerovale fica às margens da rodovia Carvalho Pinto (SP-70), no bairro Germana. O aeroporto ocupa uma área de 2,25 milhões de metros quadrados, com previsão de receber R$ 250 milhões em investimentos.
O Aerovale fica às margens da rodovia Carvalho Pinto (SP-70), no bairro Germana. O aeroporto ocupa uma área de 2,25 milhões de metros quadrados, com previsão de receber R$ 250 milhões em investimentos.
O empreendimento prevê a venda de 117 lotes aeronáuticos, para
construções de hangares, e de 188 áreas para condomínios industriais. A
venda desses terrenos fará com que o projeto atinja um VGV (Valor Geral
de Venda) de R$ 1 bilhão.
Além dos lotes industriais e aeronáuticos, o empreendimento também
terá dois hotéis, um centro de convenções, torres comerciais, outlet e
quadras poliesportivas para locação.
O aeródromo já foi aprovado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e poderá operar voos executivos. Em
fevereiro do ano passado, também recebeu autorização para a exploração
comercial, como aeroporto público.
"Nossa região precisa de um cluster aeroespacial dentro de um
ambiente aeronáutico e o único local que pode verdadeiramente montar
esse cluster é o Aerovale", conclui Penido.
fonte/foto/meon.com.br
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