TECNOLOGIA DESENVOLVIDA EM SÃO JOSÉ VIRA ALIADA DOS PILOTOS DA ESQUADRILHA DA FUMAÇA

Avião da Esquadrilha da Fumaça em apresentação. Foto: Divulgação Avião da Esquadrilha da Fumaça em apresentação. Foto: Divulgação
Super Tucanos utilizados pelo esquadrão de elite da Força Aérea Brasileira têm capacidade de armazenar dados dos voos e reproduzi-los em 3D

Instalada nos A-29 Super Tucanos, uma ferramenta tecnológica desenvolvida em São José dos Campos tornou-se aliada dos pilotos da Esquadrilha da Fumaça para a realização de missões e manobras acrobáticas.
Trata-se do PMA (Planejamento de Missões Aéreas), sistema criado no IEAV (Instituto de Estudos Avançados), localizado no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).
A tecnologia serve para economizar tempo, recursos e colaborar com a segurança em voo. "O software PMA serve para planejar a missão. Antes disto, era preciso cortar mapas, a gente fazia tudo no braço", disse o tenente-coronel Flavio Petersen Junior, um dos quatro militares que trabalham no desenvolvimento do software, ao lado de um civil.
"Hoje o Super Tucano e o F-5 modernizado gravam os dados automaticamente. A gente pega os dados e coloca no PMA para tocar o voo. Podemos avançar, voltar, aumentar ou baixar a velocidade."
O PMA permite visualizar os dados em 2D, em que é possível ver o voo com as referências no solo, e em 3D.
No caso da Esquadrilha da Fumaça, o PMA é empregado para avaliar a precisão das acrobacias e o efeito visual.
“O trabalho que eu levava um dia para concluir, traçando mapas, proas e consumo de combustível, agora consigo fazer um uma hora. Isso sem dizer o ganho de confiabilidade”, disse o primeiro tenente Nilson Rafael Oliveira Gasparelo, ala esquerda externa da esquadrilha e chefe da Subseção de Navegação.

Treino. Segundo Gasparelo, um vídeo com a reprodução em 3D do voo e manobras das sete aeronaves que integram a equipe foi elaborado para o aprendizado dos novos alunos do EDA (Esquadrão de Demonstração Aérea), nome oficial da esquadrilha.
"Com a reprodução em 3D, o piloto consegue refazer o voo virtualmente o que lhe permite lembrar os acontecimentos com mais detalhes para tirar as lições de aprendizado.
Para Gasparelo, o PMA também permitirá a elaboração de novas manobras e a possibilidade de redução das distâncias de forma segura.
“Poderemos adiantar posicionamentos, tendo exatamente a distância entre as aeronaves e conferindo as defasagens. ´Também temos a possibilidade de verificar as manobras da perspectiva de cada piloto e do público.”
A versão 2.0 do PMA foi entregue em 2009. Atualmente, os militares da Força Aérea utilizam a versão 2.8. A cada seis meses acontece uma atualização do sistema. Em novembro, a versão 2.9 deve ficar pronta.
 
Equipe
Formação conta com sete aviões
Cada apresentação da Esquadrilha da Fumaça é realizada por sete A-29 Super Tucano. Para cada uma das posições na Esquadrilha – líder, ala direita, ala esquerda, ferrolho, ala direita externa, ala esquerda externa e isolado – há dois aviadores responsáveis que se revezam a cada demonstração. O suporte de solo é feito pelos “anjos da guarda”.


Retorno
Apresentações são retomadas
Depois de um intervalo de dois anos, a Esquadrilha da Fumaça voltou a encantar o público no dia 3 de julho. A apresentação ocorreu durante a cerimônia de entrega de espadins para os estudantes da AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga. O tempo foi necessário para a substituição das aeronaves. Saem os T-27 e entram os A-29 Super Tucanos.


fonte/foto/OVale

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