BOEING 737 PP-SMA DA VASP ABANDONADO EM CONFINS JÁ TEM NOVO DONO



O Boeing 737-200 estacionado desde 2004 em uma área remota do Aeroporto de Confins já tem um novo dono. A aeronave, fabricada em 1969, foi arrematada por R$ 92 mil em um leilão no dia 30 de outubro. A reportagem do Vrum conversou com o vencedor do leilão, um empresário de Belo Horizonte que preferiu não se identificar e nem informar a finalidade da compra do Boeing.


O comprador, sócio em um grupo empresarial do ramo hoteleiro e imobiliário em Minas, disse que, em breve, a aeronave será exposta ao público e que ele faz questão de preservar a memória do PP-SMA, prefixo do Boeing, que foi o primeiro 737 a voar na América Latina e recordista por voar mais tempo em uma única companhia aérea. O novo dono do avião informou que, por causa da importância histórica desta unidade, a Boeing entrou em contato com ele fazendo uma excelente oferta para comprá-la e levá-la para o museu dela em Seattle, nos Estados Unidos, além de oferecer um outro avião semelhante na troca pelo PP-SMA, mas a oferta foi recusada.

Poltronas em couro foram preservadas (Skyliner-aviation.de/Divulgação)
Poltronas em couro foram preservadas
Apesar do precário estado de conservação da fuselagem, o interior da cabine principal se manteve praticamente intacto, com as poltronas em couro e revestimentos em bom estado. Já na cabine de comando, faltam diversos equipamentos, mas que o empresário já está providenciando para deixar o cockpit original. Como o avião não ostenta mais as turbinas acopladas às asas, o vencedor do leilão disse que irá colocar as carenagens para que a aparência externa seja idêntica a de um avião ainda em operação.
 
O empresário pretende pintar o avião novamente com as cores da Vasp, no mesmo esquema de quando ela deixou de operar, para isso, está buscando uma autorização para usar a marca da companhia aérea, que teve a falência confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em junho de 2013. O investimento somente na reforma da aeronave é de cerca de R$ 90 mil, mas os valores para o desmonte e translado da aeronave não foram revelados. 
 
 
Faltam vários equipamentos na cabine de comando (Skyliner-aviation.de/Divulgação)
Faltam vários equipamentos na cabine de comando

O Boeing deverá deixar o Aeroporto de Confins em no máximo 30 dias, segundo o comprador e a logística já vem sendo estudada com as autoridades de trânsito e com a Infraero. "Temos algumas ideias legais, mas no momento não vamos revelar, mas os admiradores da aviação irão gostar", disse o comprador em tom misterioso. 








 (Maria Tereza Correia/EM/D.A PRESS)

fonte/EstadoDeMinasVrun

Comentários

Unknown disse…
É louvável a atitude do Sr. empresário em querer preservar a memória aeronáutica brasileira, mas é bem provável que, apesar de tanto idealismo, esse seja mais um caso, entre inúmeros, de um avião que vai passar de uma quase sucata para algo talvez pior.Não será o primeiro nem o último avião histórico nesse pais que irá acabar em alguma praça pública servindo de abrigo e banheiro público para desocupados e maloqueiros. Não adianta fazer carenagens ocas de fibra de vidro a título de naceles de motores ou colocar pneus de Kombi no trem de pouso só para "dar uma disfarçada". Bem melhor seria, em nome da preservação da memória, que esse avião único fosse entregue às mãos de profissionais como, por exemplo, o Museu Asas de um Sonho em São Carlos que já restaurou vários aviões históricos.Fica aí a sugestão e desculpem a sinceridade de um aficionado inconformado com tanto amadorismo.
Unknown disse…
É louvável a atitude do Sr. empresário em querer preservar a memória aeronáutica brasileira, mas é bem provável que, apesar de tanto idealismo, esse seja mais um caso, entre inúmeros, de um avião que vai passar de uma quase sucata para algo talvez pior.Não será o primeiro nem o último avião histórico nesse pais que irá acabar em alguma praça pública servindo de abrigo e banheiro público para desocupados e maloqueiros. Não adianta fazer carenagens ocas de fibra de vidro a título de naceles de motores ou colocar pneus de Kombi no trem de pouso só para "dar uma disfarçada". Bem melhor seria, em nome da preservação da memória, que esse avião único fosse entregue às mãos de profissionais como, por exemplo, o Museu Asas de um Sonho em São Carlos que já restaurou vários aviões históricos.Fica aí a sugestão e desculpem a sinceridade de um aficionado inconformado com tanto amadorismo.
Roberto Fantinel disse…
Obrigado pela visita, o problema de restaurar uma aeronave no Brasil é o custo, nos EUA todo serviço conta com uma legião de voluntários.

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