PRESIDENTE DO FLAMENGO SOFRE COM SUSTO E GRITARIA NO VOO DE VOLTA DA BAHIA
Flamengo logo (Photo credit: Wikipedia) |
Se o último dia de julho soou trágico para o Flamengo, agosto já
apresentou seu cartão de visitas ao presidente do clube, Eduardo
Bandeira de Mello. Depois da derrota para o Bahia por 3 a 0 na Fonte
Nova na noite de quarta-feira, Bandeira sofreu para voltar de Salvador
nesta quinta. O dirigente foi assediado em sua poltrona por torcedores
que conversaram sobre a qualidade do time, demonstraram preocupação com o
futuro no Brasileirão e quiseram saber do paradeiro do vice de futebol,
Wallim Vasconcellos. Mas esse não foi o problema. O trajeto - que
normalmente demora duas horas para ser percorrido - levou sete horas. E,
em certo momento, sem ter onde pousar, o comandante do voo chegou a
dizer que tinha apenas "40 minutos de combustível" para desespero e
gritaria dos passageiros.
O voo deveria ter saído às 7h13m de Salvador e pousado no Aeroporto
Internacional Tom Jobim pouco depois das 9h. Mas o nevoeiro que fechou
os aeroportos do Rio na manhã desta quinta-feira impediu isso e causou
uma série de contratempos.
- Era para sair de Salvador às 7h13m e chegar ao Galeão por volta de
9h10m. Saímos umas 8h20m e, por causa do nevoeiro, avisaram que
teríamos que pousar em Guarulhos. Quando chegamos lá, ficamos 2h30m
dentro do avião esperando autorização para sair. De repente, parece que
liberaram, o avião começou a taxiar, mas de repente voltou. Parecia
filme de terror. Depois, voltou, andou na pista, teve autorização e
decolou. Percebemos, então, que a velocidade foi reduzida e começaram a
fazer o formato de zero, rodando em círculos. Primeiro, quatro círculos
por uns 30 minutos; depois, mais 25. O piloto, então, anunciou que só
tinha mais 40 minutos de combustível. Começou uma gritaria no avião, o
pessoal louco, cobrando da aeromoça como o piloto falava aquilo! Enfim,
conseguimos descer às 13h40m no Rio - revelou André Tozzini, torcedor
que estava na poltrona ao lado do presidente Eduardo Bandeira de Mello.
O primeiro voo em círculo aconteceu na altura de São José dos
Campos. Depois, já na altura de Barra Mansa, quando o piloto fez a
previsão de apenas mais 40 minutos de combustível, o que potencializou o
pânico a bordo.
Além do terror aéreo, o mandatário rubro-negro parecia não encontrar
respostas para perguntas de torcedores presentes no mesmo avião. Eles
debateram sobre a má fase da equipe, e também destacaram a necessidade
de contratar reforços.
Com jeito de pacato cidadão, Bandeira não alterou o tom de voz,
admitiu que a situação é complicada e usou o discurso de praxe:
- Estamos tentando, mas não podemos prometer nada.
Por fim, o dirigente foi questionado sobre o paradeiro do
vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos, que estava recentemente
em viagem de férias e sumiu do dia-a-dia do clube, mesmo com as
turbulências no futebol rubro-negro.
Os torcedores presentes no mesmo voo de Bandeira de Mello chegaram a
dar orientações para que ele cobre da sua diretoria, pois não seria
justo tudo estourar apenas na presidência.
Cantarelle, preparador de goleiros do Flamengo, também estava no
voo, que chegou a ter aplausos de passageiros quando conseguiu decolar
de Guarulhos. E alívio quando, enfim, pousou no Rio.
fonte/GloboEsporte
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